Henrique Galvão (Barreiro, 4 de fevereiro de 1895 – São Paulo, 25 de junho de 1970), político, escritor e revolucionário anti-salazarista que na madrugada de 22 de janeiro de 1961 desencadeou a bordo do navio português “Santa Maria” a Operação Dulcinéia (nome da amada de Dom Quixote), assumindo o comando do transatlântico de seiscentos passageiros juntamente com 24 companheiros do Diretório Revolucionário Ibérico de Libertação (DRIL).
Henrique Galvão faleceu dia 25 de junho de 1970, aos 75 anos, no Sanatório Bela Vista, de São Paulo, após quatro anos de loucura marcada por breves períodos de lucidez, durante os quais soube do derrame cerebral sofrido por Salazar, contra quem lutava desde 1953; melancolicamente sepultado no Cemitério de Cachoeirinha, SP, de 25 de junho, com apenas a presença de seis velhos portugueses fiéis à oposição ao governo português; com as despesas do enterro pagas pelo jornal O Estado de S. Paulo, onde contou suas aventuras e escreveu contra Salazar, após concessão de asilo no Brasil pelo governo Jânio Quadros.
(Fonte: Veja, 1° de julho de 1970 Edição n° 95 DATAS – Pág; 71)