Greene: sem Deus, apenas o vazio
Henry Graham Greene (1904-1991), um dos críticos mais contundentes dos padrões morais e políticos do mundo moderno. Novelista, roteirista e escritor inglês. Escreveu 60 romances. São dele clássicos como O Expresso do Oriente (1932), O Poder e a Glória (1940), Nosso Homem em Havana (1958) e O Fator Humano (1978). Muitos deles foram transformados em filmes.
Faleceu em 3 de abril de 1991, na Suíça.
(Fonte: IstoÉ/1931 - 25/10/2006 – Edição Especial 30 anos - 1991 – Editora Três – Pág; 151)
O PREFERIDO DO CINEMA
Greene: mais de trinta adaptações
Nenhum autor do século XX foi tão vertido para o cinema quanto Graham Greene (1904-1991). Seus romances e contos renderam algo como trinta longas-metragens, entre os quais o “Fim de Caso”, sem contar as produções para a televisão.
Parte dessa afinidade vem da arquitetura limpa de seus enredos e de sua prosa incisiva, em que cada palavra têm valor absoluto, sem margem para sinônimos. Mais importante ainda é a capacidade de Greene de encapsular circunstâncias históricas complexas na psicologia de seus personagens, e de torná-los tão carismáticos.
À parte talvez o Joseph Conrad (1857-1924) de “O Coração das Trevas”, não há outro escritor que tenha conseguido combinar essas duas dimensões – o drama humano e a alegoria política – sem que uma subtraia da outra. Pelo contrário: na obra de Greene, elas se enriquecem mutuamente. “O Americano Tranquilo” é, ao lado de “É um Campo de Batalha” e “O Coração da Matéria”, um dos exemplos mais brilhantes desse seu dom.
(Fonte: Veja, 26 de fevereiro de 2003 – ANO 36 – Nº 08 – Edição 1791 – CINEMA/ Por Isabela Boscov – Pág: 96/97)
Embora conhecido como escritor católico, Greene prefere ignorar as convicções eclesiásticas de seus personagens. E nem a morte lhe interessa tanto quanto o vazio absoluto e gelado de uma vida sem Deus, se é que ela existe.
Graham Greene, aproveitou sua experiência de espião para fazer livros de ficção. Entre eles, figura o grande escritor, autor de Nosso Homem em Havana.
(Fonte: Veja, 1° de outubro de 1986 – Edição 943 – LIVROS/ Por Mário Sérgio Conti – Pág; 135)
(Fonte: Veja, 4 de junho de 1980 – Edição 613 – LIVROS/ Por Marco Antonio de Menezes – Pág: 110)