Henry Mancini, o mestre das trilhas sonoras: partituras inesquecíveis

 

 

 

Henry Mancini (nasceu em Cleveland, em 16 de abril de 1924 – faleceu em Los Angeles, em 14 de junho de 1994), maestro e compositor americano de trilhas para cinema. Um recordista em premiações, foi indicado catorze vezes para o Oscar (ganhou quatro) e 72 vezes para o Grammy (ganhou vinte).

Mancini criou partituras inesquecíveis para filmes como A Marca da Maldade, de Orson Welles, e Hatari!, de Howard Hawks, além de inúmeros sucessos populares como os da série A Pantera Cor de Rosa e Moon River, em Bonequinha de Luxo.

O maestro e arranjador Henry Mancini, mais conhecido pela composição dos temas “Moon River”, do filme “Bonequinha de Luxo” (1961), e “The Pink Panther Theme”, de “A Pantera Cor-de-Rosa” (1964), com um fabuloso legado de centenas de composições e premiações.

Em 40 anos de carreira, ganhou quatro Oscar, 20 prêmios Grammy e sete discos de ouro. Hank, como era chamado pelos mais íntimos, fez música para mais de 80 filmes.
Mancini nasceu em Pittsburgh e estudou música com Max Akins. Começou como pianista na The Glenn Miller Orchestra, sob direção de Tex Beneke (1914 – 2000), em 1946. Nesta época, era constituída de ex-músicos do famoso maestro desaparecido no canal da Mancha durante a Segunda Guerra Mundial.

Contratado pela Universal-MCA para compor o tema principal do filme “Música e Lágrimas” (“The Glenn Miller Story”, de 1954), ganhou com ele seu primeiro Grammy. Em meados dos anos 50 passou a trabalhar com Black Edwards e musicar seus filmes. Foram mais de dez anos de muito sucesso, inicialmente com o “score” musical dos seriados de televisão “Peter Gunn” e “Mr. Lucky”. O álbum com a trilha de “Peter Gunn” permaneceu 10 semanas em 1.º lugar na revista especializada “Billboard”. Nele, o mais puro jazz está presente com músicos como Pete e Conte Candoli (trompetes), Shelley Mann (bateria) e Mancini ao piano. O sucesso foi tão grande que houve um volume dois para “Peter Gunn”.

Em seguida vieram as trilhas de “Bonequinha de Luxo” (1961), “Vicio Maldito” (1962), “Charada” (1963), “Dear Heart” (1964), “Girassóis da Rússia” (1970) e “A Volta da Pantera Cor-de-Rosa (1971), dentre muitos outros.

Em 1969, Henry Mancini presidiu e regeu a orquestra do FIC (Festival Internacional da Canção), no Rio de Janeiro.
Grande parte da sua obra está incluída em duas caixas lançadas pela RCA-BMG nos Estados Unidos e no Japão, com três e cinco CDs respectivamente, ambas com minucioso libreto.

Henry Mancini faleceu de câncer no fígado e no pâncreas, em 14 de junho de 1994, aos 70 anos, em Los Angeles.

(Créditos autorais: https://www1.folha.uol.com.br/fsp/ilustrada – Folha de S.Paulo/ ILUSTRADA/ MÚSICA/ por EGIDIO GRANDINETTI JR. especial para Folha – São Paulo, 25 de Junho de 1999)

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(Fonte: Revista Veja, 22 de junho de 1994 – ANO 27 – N° 25 – Edição 1345 – DATAS – Pág; 124)