Herbert Block, cartunista do “Washington Post”, que costumava assinar sob a alcunha de Herblock

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Cartunista do “Washington Post”

Colaborador fixo do jornal desde 1946, Herblock criou sua reputação no final dos anos 40, retratando com humor figuras públicas como Richard Nixon e o senador republicano Joseph McCarthy.

 

 

Herbert Lawrence Block (Chicago em 13 de outubro de 1909 – Washington, 7 de outubro de 2001), cartunista do “Washington Post”, que costumava assinar sob a alcunha de Herblock.

 

 

 

Colaborador fixo dos editoriais do “Post” desde 1946, Herblock criou sua reputação no final dos anos 1940 e início dos anos 1950 com retratos vívidos do jovem Richard Nixon e do senador republicano Joseph McCarthy.

 

 

Ele sempre desenhava McCarthy coberto de lama e cunhou o termo “mccarthismo” para descrever seu estilo de caça aos comunistas norte-americanos.

 

 

O chargista nasceu em Chicago em 13 de outubro de 1909. Seu primeiro cartum apareceu no Chicago “Daily News” em 24 de abril de 1929. Depois da crise da Bolsa em 1929 até hoje, seu trabalho cobriu todos os grandes eventos mundiais por mais de 70 anos.

 

 

Herblock ganhou três prêmios Pulitzer por seus cartuns políticos e dividiu um quarto prêmio pela cobertura de Watergate, o escândalo que forçou Nixon a abdicar da Presidência dos EUA.

 

Herbert Block faleceu em 7 de outubro de 2001, aos 91 anos. Herblock morreu de pneumonia no hospital Sibley Memorial, em Washington. Ele nunca se aposentou do “Post”. Sua última charge foi publicada em 26 de agosto.

“Herblock foi o maior cartunista de todos os tempos”, disse Donald Graham, presidente do The Washington Post Co. “Sua inteligência e seu senso de história, aliado a seu talento artístico, ajudou a definir muitas das figuras políticas e eventos dos últimos 55 anos em Washington.”

(Fonte: https://www1.folha.uol.com.br/fsp/ilustrada / FOLHA DE S.PAULO – ILUSTRADA – PANORÂMICA / QUADRINHOS – São Paulo, 10 de outubro de 2001)

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(Fonte: https://www1.folha.uol.com.br/folha/reuters – FOLHA DE S.PAULO – REUTERS / da Reuters, em Los Angeles – 08/10/2001)

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Gênero policial é levado mais a sério, defende Lawrence Block

 

Um dos mais prolíficos autores de romances policiais da atualidade, o americano Lawrence Block, 68, é também um do mais reticentes. Deixa sua retórica para os mais de 40 títulos que já publicou, dez deles já editados no Brasil pela Nova Fronteira e pela Companhia das Letras. Block é a principal estrela entre os convidados estrangeiros da 19ª Bienal do Livro de São Paulo, que começa amanhã no Anhembi e vai até o dia 19 de março. O escritor participa no dia 12, às 15h30, do Salão de Ideias, num debate com o colega e “titã” Tony Bellotto. Na pauta, o romance policial.

 

“O gênero ficou melhor do que era há 40, 50 anos, porque passou a ser levado mais a sério tanto por leitores, quanto escritores e editores”, avalia Block, em entrevista à Folha, ainda sem nada na manga para falar na Bienal. “Nunca me preparo, mas saberei o que dizer a tempo.”

 

Considerado pela crítica um hábil manipulador das fórmulas policialescas, Block evita comentar análises de sua obra que sentenciam seus livros como releituras de clássicos noir com roupagem modernosa. Tampouco aceita que apóia uma linguagem simples com elementos sofisticados e intelectuais, presentes em títulos como “O Ladrão que Pintava como Mondrian” ou “O Ladrão que Estudava Espinosa”, entre outros.

 

“Não me importo com a opinião da crítica. Apenas me preocupo em escrever meus livros, não interessa se eles se encaixam ou não em alguma tradição”, esquiva-se o autor.

 

Nova York contra o crime

 

Nascido no dia 24 de junho de 1938 em Buffalo, no Estado de Nova York, Block se iniciou na escrita ainda na adolescência e passou a publicar pequenas histórias já em 1957. Pai de quatro personagens recorrentes -os detetives Matt Scudder, Chip Harrison e Evan Tanner, além do livreiro Bernie Rhodenbarr, que divide seu tempo entre o roubo a residências e a investigação de crimes-, Block situa suas histórias em Nova York, segundo ele, sua fonte de energia.

 

 

Sem uma rotina para sua escrita, o autor reflete a realidade da metrópole em suas tramas, como em “Cidade Pequena”, que tem os atentados do 11 de Setembro como pano de fundo. Mas diz que não busca, de modo consciente, inserir o mundo real no ficcional.

 

 

“A única coisa importante é contar uma história interessante, de modo interessante. Além disso, não há nada muito consciente ou intencional de minha parte, como observar o mundo ou as pessoas. Muitas pessoas não entendem o papel da imaginação na ficção. O escritor precisa acessar sua imaginação. Quando ele consegue, o livro flui”, afirma o autor, que nega também espelhar nos livros, propositadamente, tipos que o circundam.

 

 

“Embora sejam efetivamente nova-iorquinos, por conta de minhas conexões com a cidade, meus personagens poderiam se adaptar a outra cidade. Eles surgem de algum lugar em minha imaginação”, diz Block, para quem seus tipos tendem a ser um pouco diferentes do normal. “Pode-se chamá-los de anti-heróis.”

 

 

Block se diz insatisfeito com todas as adaptações de seus livros para o cinema: “Nightmare Honeymoon” (Elliot Silverstein), “Burglar – A Ladrona” (Hugh Wilson, com Whoopi Goldberg) e “Right Million Ways to Die” (Hal Ashby, com Jeff Bridges). Apesar de considerá-los fracassos, pela falta de qualidade, não se interessa em acompanhar as possíveis adaptações de “Cidade Pequena” e “Hit Man”.

 

“A indústria cinematográfica é muito incerta”, conclui o autor, que não faz a mínima questão de participar da roteirização de suas obras. “Não posso controlá-las.”

 

(Fonte: https://www1.folha.uol.com.br/fsp/ilustrada – EDUARDO SIMÕES DA REPORTAGEM LOCAL – São Paulo, 8 de março de 2006)

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