Em 4 de julho de 1911 – O norte-americano Hiram Bingham descobre, no Peru, as ruínas da cidade sagrada dos Incas, Machu Picchu.
(Fonte: www.correiodopovo.com.br – ANO 117 – Nº 278 Cronologia 4 de julho de 2012)
Em 1° de julho de 1911 – O norte-americano Hiram Bingham descubre no Peru as ruínas da cidade sagrada dos Incas, Machu Picchu.
(Fonte: http://noticias.terra.com.br/interna/0,,OI110544- Fatos históricos do dia 1° de julho)
Hiram Bingham (19 de novembro de 1875 – 6 de junho de 1956), explorador norte-americano que descobriu as ruínas da cidade sagrada dos Incas, Machu Picchu.
Peru: Hiram Bingham descobre Machu Picchu
No meio dos Andes peruanos, 110 quilômetros de Cusco. É o 24 de julho de 1911. O norte-americano Hiram Bingham, professor universitário de história e apaixonado pela arqueologia, avança com sua expedição pelo vale do Rio Urubamba.
Bingham está no auge, tudo que ele toca vira ouro. Esse verão é só dele. Em poucos meses, sua expedição descobre uma ruína incaica após da outra. Avançam a tal velocidade que quase não sobra o tempo suficiente para analisar e documentar cada nova ruina. Ou marcar a exata posição de cada uma no seu mapa.
Bingham está sem paciência, ele não pode parar. Está na busca da mítica “última cidade dos incas”. Deste jeito, algumas das ruínas achadas desaparecem de novo no mato denso depois de sua partida. Algumas ficam perdidas novamente por décadas antes de finalmente serem redescobertas.
Mas este dia promete o triunfo final. A descoberta da última cidade dos incas. Em 1537, cinco anos depois da conquista do império incaico pelos espanhois, o inca Manco se levantou contra os invasores. Fundou, numa cidade chamada Vilcabamba, o novo império incaico.
Por trinta e cinco anos, o novo império se defendeu contra os espanhois. Até, em 1572, uma expedição espanhol pûs um fim, matando o último inca Tupac Amaru. Mas os espanhois nunca acharam Vilcabamba. Agora, Bingham está possuido pela idéia de achar aquele último refúgio dos incas.
Até encontrar, nas margens do Rio Urubamba, o camponês Melchor Arteaga, que informa Bingham da existência de ruínas no topo do Cima Vieja, da “montanha velha”, que, em quechua, é chamada de Machu Picchu. Bingham fica entusiasmadíssimo ao ouvir tais notícias, e logo escala, junto com o tradutor da expedição e guiado por Arteaga, a montanha. O resto da expedição espera no vale.
Bingham está fascinado pelo que acha no topo. Completamente iludido pela beleza do lugar, ele acredita ter achado não somente a última cidade dos incas, mas, ao mesmo tempo, o lugar onde o primeiro inca nasceu. Começo e fim do império incaico, tudo em um só lugar mágico a 2,400 metros acima do mar.
Nenhum outro lugar habitado pelos homens, nenhuma outra cidade jamais fundada pela humanidade, ofereçe um espetáculo natural tão impressionante. A vista de 360 graus, a selva densa que cobre as montanhas dos Andes, cujos topos quase sempre estão cobertos de núvens vindo da selva amazônica.
Entre 1912 e 1915, Bingham e sua equipe cavam ao redor das ruínas espalhadas pelo topo da Cima Vieja, num areal total de 500 x 800 metros. É quase uma lei de arqueologia de sempre deixar partes das ruínas intocadas, para que futuras gerações de arqueologos pudessem explorá-las com novas technologias. Mas Bingham está nem aí.
Não dá para pará-lo. Enquanto, na remota Inglaterra, Sir Arthur Conan Doyle escreve seu romance científica “The Lost World” (“O mundo perdido”), que conta a história de cientista que encontram, num planalto no meio da floresta amazônica, espécies primórdios, Bingham entra cada vez mais profundo na convicção de ter encontrado “the lost city of the Incas” (“a cidade perdida dos incas”). Eis o título do seu livro que conta a história da descoberta de Machu Picchu.
Ele descobre, além de 220 peças de prata, cobre e bronze e 550 peças de ceramica, 135 esqueletos humanos. Diz a lenda que 109 deles eram de mulheres. Foi assim que nasceu aquela história de que Machu Picchu tivesse sido o refúgio das “virgens do sol”, das amantes do inca. Ainda hoje, os guias turísticas de Machu Picchu contam isso. Mas parece que tudo isso não pasa de um simples erro.
George Eaton, membro da equipe de Bingham, mediu os crânios dos esqueletos para chegar à tal conclusão. Mas, ao contrário dos europeus e norte-americanos, os crânios dos homens e mulheres andinos não apresentam muita diferença de tamanho. Novas pesquisas, feitas anos depois, que analisaram os pelvis dos esqueletos, chegaram à conclusão de que o número de homens foi quase o mesmo das mulheres. Mas, foi o míto que prevaleceu.
Afinal, qual foi a função de Machu Picchu? Por que os incas construiram uma cidade no topo da montanha? Provavelmente, a corte imperial se mudou para cá durante o inverno, quando a temperatura na 1,000 metros mais alta capital Cusco atingiu níveis muito baixos. Também, Machu Picchu com certeza fazia parte de um sistema de postos de alerta, para vigiar o vale do Urubamba e proteger Cusco.
Mas Machu Picchu nunca tem sido a última cidade dos incas, a mítica Vilcabamba, como acreditava Bingham. A verdadeira Vilcabamba foi descoberta perto de Espíritu Pampa, em 1964, pelo arqueologo Gene Savoy. Ou, para ser mais exato, re-descoberta.
Pois mais de cinquenta anos antes de Savoy, uma outra expedição já tinha descoberta partes das ruínas. Só que, na época, o líder daquela expedição, um tal muito nervoso de nome Hiram Bingham, não tinha muita paciência para analisar melhor o lugar. Achou as ruínas decepcionadas demais para pertencerem à mítica Vilcabamba. Assim, Bingham nunca ficou sabendo que achou a verdadeira última cidade dos incas.
Bingham conta a história da descoberta de Machu Picchu no seu livro Lost City of the Incas.
(Fonte: www.caiman.de – Por Thomas Milz)