Autor de “Spartacus”
Howard Fast (Nova York, 11 de novembro de 1914 – Greenwich, Connecticut, 12 de março de 2003), autor do épico histórico “Spartacus”, adaptado para o cinema em 1960 por Stanley Kubrick e estrelado por Kirk Douglas.
O escritor americano foi autor de Spartacus e outros romances de cunho histórico e social, foi um dos autores perseguidos pelo Comitê de Atividades Antiamericanas que impediu de trabalhar várias personalidades da cultura nos Estados Unidos da década de 50, sob alegação de serem comunistas. Howard Fast era, de fato, comunista.
Ele foi filiado ao Partido Comunista dos Estados Unidos entre 1944 e 1957.
Fast, membro do Partido Comunista americano de 1944 a 1957, foi perseguido e preso pelo FBI e teve seus romances proibidos no país no auge da política macartista do governo dos EUA.
Dois de seus primeiros romances, Citizen Tom Paine e The American foi banido das bibliotecas escolares de Nova York. Em 1945, o comitê que investigava as supostas atividades “antiamericanas” pediu a Howard Melvin Fast que identificasse as pessoas que ajudaram a construir um hospital na França para militantes antifascismo.
Ele se recusou e por isso foi preso por três meses, mas ficou anos na lista negra do macarthismo (nome dado à perseguição a artistas, em razão do senador Joseph McCarthy, que criou o comitê).
Os livros de Fast também foram retirados das livrarias. Após a temporada na cadeia, Fast escreveu Spartacus, sua popular versão da revolta escrava na Roma antiga.
O romance foi rejeitado por diversos editores. Muitos deles recusaram o livro sob pressão direta de agentes do FBI. Mas Fast acabou editando Spartacus por conta própria. O livro teve grande sucesso, o que facilitou sua migração para o cinema, pelas mãos do diretor Stanley Kubrick, em 1960.
Howard Fast foi, ao lado de seu amigo Paul Robeson (1898-1976), o único americano a vencer o Prêmio Internacional da Paz Stalin, na União Soviética. Além de vários romances, ele escreveu ensaios e peças de teatro. Suas vendas de livro chegaram a 80 milhões de exemplares.
Ele também colaborou com o jornal do Partido Comunista de seu país, o Daily Worker. Em seu livro de memórias, Being Red, publicado em 1990, ele explicou seu rompimento com o partido: “No partido encontrei ganância, estreiteza e ódio; também encontrei amor, dedicação, coragem e integridade – e alguns dos mais nobres seres humanos que já conheci.”
Com mais de 80 milhões de livros vendidos em todo o mundo, o escritor gozou do reconhecimento do poeta chileno Pablo Neruda e do pintor mexicano Diego Rivera.
Em sua extensa obra devem ser também incluídos os romances policiais que escreveu sob o pseudônimo de E.V. Cunningham.
Howard Fast morreu em Greenwich, Connecticut, em 12 de março de 2003, aos 88 anos, em casa, de causas naturais.
(Fonte: http://cultura.estadao.com.br/noticias/geral – 20030313p203 – NOTÍCIAS – GERAL – CULTURA – AGENCIA ESTADO – 13 Março 2003)
(Fonte: http://www1.folha.uol.com.br/fsp/ilustrad/fq1403200338 – FOLHA DE S. PAULO – ILUSTRADA – LITERATURA – 14 de março de 2003)
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