Hrant Dink, escritor e jornalista turco de ascendência armênia

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Hrant Dink, escritor e jornalista turco de ascendência armênia

O jornalista Dink, editor do diário turco Agos, foi uma das pessoas processadas na Turquia sob as severas leis que proíbem “insultos à identidade turca”.

Dink chegou a ser condenado a seis meses de prisão por ter escrito sobre o “genocídio” armênio de 1915, mas teve a pena suspensa.

Hrant Dink fora preso por escrever sobre o 'genocídio' armênio

Hrant Dink fora preso por escrever sobre o ‘genocídio’ armênio

Prisão

Ogun Samast foi preso depois de ser indentificado por seu pai em imagens de câmeras de vigilância, captadas perto do local do assassinato.

Ele foi preso no porto de Samsun, no Mar Negro, junto com outros seis suspeitos, antes de ser levado de volta a Istambul para interrogatório.

Um dos suspeitos foi identificado como Yasin Hayal, um amigo de Samast, que passou 11 meses na prisão por um ataque com bombas em 2004 do lado de fora de uma lanchonete do McDonalds em Trabzon.

O jornal turco Hurriyet disse na segunda-feira que, durante o interrogatório, Hayal disse que deu a Samast, de 16 ou 17 anos, a arma e o dinheiro.

Investigadores afirmam que até o momento não encontraram ligações entre Samast e qualquer grupo político conhecido.

Apesar de a Turquia não manter relações diplomáticas com o país vizinho, Armênia, várias autoridades armênias participam do funeral, incluindo o vice-ministro do Exterior Arman Kirakosian.

Ameaças

Nos últimos anos, o escritor, que tinha 53 anos, recebeu diversas ameaças de nacionalistas que o consideravam um traidor, segundo a agência de notícias Associated Press.

Dink era um dos mais conhecidos representantes da comunidade armênia na Turquia.

Centenas de milhares de armênios morreram em 1915, em um episódio em que alguns historiadores identificaram o assassinato sistemático da minoria armênia por turcos e classificam como genocídio.

A Turquia, no entanto, afirma que não houve matança sistemática e que os armênios foram vítimas da Primeira Guerra Mundial. Até hoje, a Turquia e a Armênia não mantêm relações diplomáticas.

Participantes da procissão levaram placas com as palavras “Somos todos armênios”, “Somos todos Hrant Dink”, parando e aplaudindo quando a procissão passou pelo lugar onde Dink foi morto a tiros.

A correspondente da BBC em Istambul Sarah Rainsford afirmou que os participantes do funeral querem expressar a solidariedade e o horror causado pelo assassinato. E muitos já estariam considerando Dink como um mártir.

Promotores turcos afirmam que o adolescente suspeito de ter assassinado Dink, que foi morto com três tiros em frente ao seu escritório, confessou o crime.

Hrant Dink assassinado a tiros em Istambul, na Turquia

(Fonte: http://www.bbc.com/portuguese/noticias/story/2007/01/070123 – 23 de janeiro, 2007)

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