Diretor indiano Hrishikesh Mukherjee
Diretor veterano de filmes indianos
Hrishikesh Mukherjee (nasceu em Calcutá, Índia, em 30 de setembro de 1922 – faleceu em Mumbai, Maharashtra, Índia, em 27 de agosto de 2006), diretor de Bollywood que se destacou por suas histórias tocantes sobre a classe média indiana.
Mukherjee, que começou sua carreira em 1948 como assistente de direção, fez mais de 40 filmes indianos e era considerado um criador de tendências de Bollywood.
Os filmes de Mukherjee focavam as incontáveis emoções de indianos comuns e refletiam ideais socialistas, raros em uma indústria conhecida por seus quadros de dança e canto e por seus dramas românticos e violentos.
Apesar de ele ter trabalhado com diversos astros de Bollywood, Mukherjee é mais lembrado por Mili, Anand e Chupke Chupke, dos anos 1970, em que trabalhou o ícone de Bollywood Amitabh Bachchan.
Hrishikesh, que produziu e dirigiu filmes hindus memoráveis e bem-sucedidos em uma carreira de mais de cinco décadas, conhecido em toda a Índia como Hrishida, transformou atores em estrelas, entre eles Amitabh Bachchan, que alcançou a eminência com “Anand” (1970), o primeiro e mais aclamado de sua série de dramas familiares de sucesso, focado carinhosamente no indiano classe média.
Ele nasceu em Calcutá em 30 de setembro de 1922 e foi criado em uma família de classe média, esperando se tornar um cientista e professor, o que foi por um tempo depois de se formar em química pela Universidade de Calcutá.
Procurando se tornar fotógrafo, ele aprendeu edição e outros aspectos da produção cinematográfica e então foi convidado pelo ilustre diretor Bimal Roy (1909 – 1966) para editar seu filme bengali “Tapish”. Tornou-se um sucesso.
Ele relutantemente seguiu Roy até Mumbai em 1951 e o ajudou em clássicos como “Do Bigha Zameen” e “Devdas”.
Foi o segundo filme de Mukherjee, “Anari” (1959), estrelado por Raj Kapoor, Motilal, Lalita Pawar e Nutan Behl (1936-1991), que foi seu primeiro verdadeiro sucesso comercial e de crítica.
A fase dourada da carreira de Mukherjee ocorreu na década de 1970, quando ele fez alguns de seus filmes mais adorados, começando com “Anand”, que retrata um paciente com câncer que mantém sua alegria de viver diante da morte iminente e de um médico. que supera o cinismo depois de conhecê-lo.
Uma série de outros sucessos se seguiu. Nos anos 80, no entanto, sua marca cinematográfica morreu lentamente diante das produções grandiosas e dos romances de algodão doce que dominaram Bollywood. Ele tentou um retorno com “Jhooth Bole Kauwa Kaate” (1998), mas foi um fracasso comercial e de crítica.
Ele se interessou pela televisão e também trabalhou como roteirista e editor. Ele foi presidente do Conselho Central de Certificação de Filmes e da National Film Development Corporation e recebeu grandes honras por suas contribuições ao cinema indiano.
Os filmes foram grandes sucessos e tornaram-se retratos inovadores de homens e mulheres de classe média, dizem críticos.
Hrishikesh Mukherjee faleceu de insuficiência renal, aos 83 anos, em um hospital em Mumbai, onde morreu dia 27 de agosto de 2006.
“Éramos amigos e crescemos juntos, mas quando penso em uma invasão do cinema indiano, Hrishikesh já o fez”, disse o renomado cineasta indiano Mrinal Sen. “Estamos todos chocados hoje”, acrescentou.
Mukherjee fez seu último filme em 1998, e desde então vivia recluso, em luto pela perda da mulher, de um irmão e de seu filho mais novo. “Ele nunca falou muito sobre seu trabalho e manteve-o para si, mas seus filmes revelaram sua persona para o mundo”, acrescentou Sen.
Ele deixa três filhas e um filho. Suas netas, Tapur Chatterjee e Tupur Chatterjee, são modelos conhecidas.
(Fonte: https://www.clickpb.com.br/cotidiano – COTIDIANO / CINEMA / por Reuters – 28.08.2006)
(Créditos autorais: https://www.nytimes.com/2006/09/02/archives – New York Times/ ARQUIVOS/ Por Haresh Pandya – 2 de setembro de 2006)
© 2006 The New York Times Company