Hugo de Souza Lopes (Rio de Janeiro, 5 de janeiro de 1909 – Rio de Janeiro, 10 de maio de 1991), cientista da Fundação Oswaldo Cruz, no Rio de Janeiro. Exonerado de seu cargo na Fiocruz, em 1970, no episódio conhecido como “O massacre de Manguinhos” – o regime militar demitiu dez cientistas da Fiocruz, sob a acusação de que eram comunistas -, foi reintegrado em 1986.
Nascido em 5 de janeiro de 1909 no Rio de Janeiro, Hugo de Souza Lopes formou-se em Veterinária pela Escola Superior de Agricultura e Medicina Veterinária em 1933. Dois anos antes já entrara para Manguinhos como estagiário voluntário e gratuito. Em 1934, foi aprovado em concurso como professor catedrático da Escola Nacional de Veterinária, da Universidade Rural. Em 1964, foi cassado em Manguinhos e na Rural, mas continuou como professor conferencista do Conselho Nacional de Pesquisa, cargo que manteve até 1970.
Dedicou sua pesquisa científica ao estudo de uma única família de insetos: as moscas sarcophagídeas, cujas larvas parasitam animais. Com mais de 200 trabalhos nessa área se tornou um dos maiores especialistas mundiais. Hugo foi professor da Universidade Santa Úrsula, onde foi chefe do Departamento de Biologia Geral e membro da Academia Brasileira de Ciências, onde recebeu o prêmio Costa Lima.
Hugo de Souza Lopes faleceu em 10 de maio de 1991, de insuficiência respiratória, aos 82 anos, no Rio de Janeiro.
(Fonte: Veja, 15 de maio de 1991 – ANO 24 – N° 20 – Edição 1182 – DATAS – Pág; 88)
(Fonte: http://www.ioc.fiocruz.br/pages/personalidades/HugoSouzaLopes)