Natural de Burkina Faso, ele ajudou a colocar o cinema africano no circuito das grandes produções
Idrissa Ouedraogo (21 de janeiro de 1954 – Uagadugu, 18 de fevereiro de 2018), diretor e produtor de cinema, conhecido por filmes como A Cólera das Deuses (2003) e Tilaï (1990)
Natural de Burkina Faso, ele ajudou a colocar o cinema africano no circuito das grandes produções.
Ouedraogo (Banfora, 1954) é um dos diretores da África mais reconhecidos em nível internacional e o mais relevante de Burkina Fass.
Ele dirigiu uma dezena de filmes e multidão de documentários filmes e curtas-metragens.
Ouedraogo foi uma figura emblemática no cinema entre 1980 e 2000, tendo sua obra reconhecida nos grandes festivais e chegando a conquistar, em 1990, o Grande Prêmio do Júri em Cannes pelo filme Tilai, que se passa em uma aldeia e conta o drama de um casal apaixonado que enfrenta os tabus da comunidade.
Com “Tilaï”, um drama parente que mostra as tradições de uma família de Burkina Faso, ganhou o grande prêmio do júri do festival de Cannes em 1990, e com “Yaaba” (1988) ganhou o prêmio da crítica de Cannes em 1989.
Ele produziu, escreveu e dirigiu cerca de 40 filmes, a maioria deles usando como pano de fundo os dilemas de uma sociedade pouco desenvolvida.
Ouedraogo também participou da direção da filme coletivo “11-09-01” (2002) sobre os atentados de 11S contra as torres gêmeas de Nova York, junto ao britânico Ken Loach e ao mexicano Alejandro González de Iñárritu, entre outros.
Vindo de um país com incipiente produção cinematográfica, foi visto como um dos únicos a apresentar conhecimento na área e ampla capacidade técnica. Formou-se no Instituto de Estudos de Cinema Avançados de Paris-Sorbonne, o que lhe conferiu vantagem em relação a seus conterrâneos.
Idrissa Ouedraogo faleceu em 18 de fevereiro de 2018, em Uagadugu, capital do país africano, aos 64 anos. O anúncio foi feito pela União Nacional dos Cineastas do Burkina.
“Burkina Faso acabou de perder um talentoso diretor, que fez muito para elevar o perfil de Burkina e do cinema africano para fora de nossas fronteiras”, reconheceu o presidente de Burkina Faso, Roch Marc Christian Kaboré, em um comunicado.
(Fonte: https://gauchazh.clicrbs.com.br/comportamento/gente/noticia/2018/02 – COMPORTAMENTO – GENTE – NOTÍCIA / Por AFP – 18/02/2018)
(Fonte: Zero Hora – Ano 54 – Nº 19.015 – 19 de fevereiro de 2018 – TRIBUTO / MEMÓRIA – Pág: 31)
(Fonte: https://entretenimento.uol.com.br/noticias/efe/2018/02/18 – ENTRETÊ – ENTRETENIMENTO – Nairóbi (EFE).- 18 fev 2018)