Igor Mitoraj (Oederamn, 26 de março de 1944 – Paris, 6 de outubro de 2014), escultor polonês. Bronze, terracota e finalmente o mármore, foram os materiais a que Mitoraj deu vida. Esculturas que seguem a tradição clássica, centradas no tronco do Homem, mas com um toque de pós-modernismo, que coloca em destaque o desgaste sofrido pela maior parte destas conhecidas obras da antiguidade.
O artista, era conhecido pelas esculturas de rostos atormentados e vendados, do classicismo. Pelos anjos caídos, os heróis mutilados e esculpidos em bronze e em mármore, símbolo do homem moderno, com todas as suas fragilidades.
Museus do mundo todo, como os de Nova York e do Japão hospedaram as suas obras que representavam a precaridade do viver do ser humano.
O artista Polonês, nascido na cidade alemã de Oederamn em março de 1944, de mãe polonesa e pai francês, Mitoraj em 1945 sobreviveu ao bombardeio de Dresda com a mãe, que, depois que acabou a Segunda Guerra Mundial, decidiu retornar a morar perto de Cracovia.
Depois de frequentar o Liceu Artístico em Bielsko-Biala, em 1963 começou a estudar pintura na Academia de Belas Artes de Cracovia, onde teve como professor Tadeusz Kantor (1915-1990), por quem foi muito influenciado.
Em 1968 mudou para Paris e se inscreveu na École National Surpérieur de Beaux-Arts, escola de Belas Artes.
No começo dos anos 1970 se interessou muito elas antigas culturas sul-americanas e ficou no México por um ano.
Em 1976 foi realizada a primeira exposição pessoal na Galeria “La Hune” em Paris, desde então se dedicou exclusivamente a escultura e abriu um atelier em Paris.
Neste mesmo período recebeu o prêmio “Prix de la Sculpture” em Montrouge e o governo francês lhe colocou a disposição um atelier em Bateau Lavoir de Montmartre.
Mitoraj chegou em Pietrasanta em 1979, se estabeleceu a partir de 1983 abrindo um atelier e alternando sua permanência com Paris.
Em 1994 doou pra a cidade italiana “O Centauro”, na praça homônima, além de inúmeras obras. E nesta ocasião o então ministro italiano da Cultura, Antonio Paolucci, definiu Pietrasanta como “pequena Atenas”.
Em 1998 o escultor realizou um afresco na sala do Conselho Municipal de Pietrasanta, e em 2001 recebeu a cidadania honorária da localidade italiana.
Igor Mitoraj morreu aos 70 anos em no hospital Saint-Louis de Paris, informaram autoridades da cidade italiana de Pietrasanta, onde vivia há anos alternado sua estadia com Paris.
O prefeito da localidade italiana, Domenico Lombardi, onde o escultor tinha um atelier, expressou sua surpresa pela morte de Mitoraj. “Estou profundamente abatido, junto com Igor estávamos preparando uma grande exposição que que deveríamos inaugurar em março próximo no complexo de Sant’Agostino e nas praças da cidade”, disse Lombardi. “Perdi um grande amigo, Igor foi um grande artista do nosso século e Pietrasanta sentirá sua falta. Muito amado pelo público e pela crítica, muitas vezes questionado, mas sempre protagonista nos eventos artísticos de Pietrasanta”, destacou o prefeito da cidade italiana.
(Fonte: https://noticias.uol.com.br/ultimas-noticias/ansa/2014/10/06 – ÚLTIMAS NOTÍCIAS – ROMA (ANSA) – 06/10/2014)