Igreja Católica chinesa consagra primeiros bispos após acordo com Vaticano
A Igreja Católica chinesa consagrou seus dois primeiros bispos após um histórico acordo fechado em 2018 entre Pequim e o Vaticano – anunciaram a Santa Sé e a igreja afiliada ao regime comunista.
Depois da ruptura entre a China e a Santa Sé nos anos 1950, os cerca de 12 milhões de católicos chineses ficaram divididos entre uma Igreja oficial, controlada por Pequim, e uma Igreja clandestina, fiel a Roma.
O Partido Comunista Chinês (PCC) desconfia das organizações, especialmente religiosas, que possam ameaçar sua autoridade. Por isso, criou associações estatais, às quais as religiões reconhecidas devem se filiar: protestantismo, catolicismo, budismo, taoísmo e islamismo.
Nesse contexto, a Associação Patriótica Católica da China (a Igreja oficial) anunciou que, em 26 de agosto, Antonio Yao Shun, de 54 anos, foi ordenado monsenhor na diocese de Ulanqab, na Mongólia Interior (norte da China).
Em setembro de 2018, Pequim e o Vaticano assinaram um acordo sobre a sensível questão da nomeação de bispos, que dá ao papa o direito de supervisão sobre os candidatos apresentados pela Associação Patriótica.
O papa Francisco então aceitou reconhecer a nomeação de sete bispos designados, sem sua aprovação, pelo governo chinês. A questão dos bispos reconhecidos por Roma, e não por Pequim ainda não foi totalmente resolvida, porém.