Indro Montanelli, um dos mais respeitados jornalistas da Itália.

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Indro Montanelli (Fucecchio, 22 de abril de 1909 – Milão, 22 de julho de 2001), um dos mais respeitados jornalistas da Itália e grande adepto da Fiorentina, de que chegou a ser dirigente na década de 90.

Montanelli, foi muitos anos jornalista do diário de referência “Corriere della Sera” (em que ainda tinha uma rubrica diária) e director de “Il Giornale” e de “La Voce”.

Após obter graduação em Direito na Itália, e em Ciências Políticas na Sorbonne, Montanelli começou sua carreira jornalística em 1934. Trabalhou como repórter no Paris Soir, e enquanto serviu como voluntário nas tropas italianas escreveu reportagens de guerra que, mais tarde, foram a base do primeiro de seus 40 livros.

Foi testemunha dos principais eventos do século 20: estava em Dantzig quando Hitler rejeitou o ultimato da Inglaterra e da França em setembro de 1939; nas ruas de Budapeste em 1956 quando os tanques soviéticos avançaram; em 1977 levou um tiro nas pernas dos terroristas das Brigadas Vermelhas. Considerava-se um anarquista conservador. A princípio, sentiu-se atraído pelo fascismo, mas voltou-se contra Mussolini quando as conquistas coloniais começaram.

Em 1973, acusando o editor Piero Ottone de tendências esquerdistas, deixou o Corriere. Seu ódio aos comunistas era aprovado pelo futuro magnata da mídia Silvio Berlusconi, que apoiou o lançamento da revista Il Giornale, fundada por Montanelli. Foi editor da publicação até 1994, quando rompeu com Berlusconi por criticar sua entrada na política. Após breve período num jornal independente que faliu, retornou ao Corriere.

Montanelli, que morreu no dia 22 de julho de 2001, aos 92 anos, após uma operação de câncer na próstata, na Clínica Madonnina de Milão, havia ditado seu próprio necrológio, publicado na primeira página do Corriere della Sera, jornal para o qual escreveu, entre idas e vindas, desde 1937.

O jornalista pediu que não fizessem nenhuma cerimônia cívica ou religiosa em sua homenagem, e que suas cinzas fossem colocadas numa urna sobre o túmulo de sua mãe em Fucecchio, a pequena cidade toscana onde nasceu.

(Fonte: http://www.observatoriodaimprensa.com.br/news/showNews/mem010820011 – MEMÓRIA – ISSN 1519-7670 – Ano 17 – Nº 789)
(Fonte: http://www.record.xl.pt/Arquivo – 28 julho de 2001)

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