Isaac Asimov, autor de mais de 500 obras de ficção científica, considerado um dos três principais escritores de ficção científica

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Isaac Asimov; foi um dos mais aclamados autores de ficção científica

 

Isaac Asimov, um dos mais aclamados autores de ficção científica (FOTO: WIKIMEDIA/PHILLIP LEONIAN)

 

Isaac Asimov (Petrovichi, 2 de janeiro de 1920 – Nova York, 6 de abril de 1992), um dos mais conhecidos autores de ficção científica do século 20, nascido na Rússia, ele se mudou para os Estados Unidos aos 3 anos de idade e se formou em Ciência pela Universidade de Colúmbia. Aos 18 anos já publicava contos e ensaios em revistas de ciência. Autor de mais de 500 obras de ficção científica.

Considerado um dos três principais escritores de ficção científica, o americano Isaac Asimov se tornou famoso pelas séries Fundação e Robôs, além de contos e histórias como Eu, Robô, que virou filme em 2004.

Apesar de ter nascido na Rússia, sua família se mudou para os Estados Unidos quando tinha três anos e, apesar de nunca ter aprendido russo, se tornou fluente em inglês e iídiche. Cresceu em Nova York e aprendeu a ler aos cinco anos. Começou a ler revistas pulp e logo se tornou fã de ficção científica.

Mais tarde, também foi professor de bioquímica na Universidade de Boston. Asimov publicou e editou mais de 500 livros durante toda a sua carreira e deixou uma obra extensa sobre tecnologia, inovação e o futuro da humanidade.

A fama chegou na década de 50, quando reuniu no primeiro livro da trilogia Fundação – sua obra-prima – pequenas histórias sobre aventuras fantásticas em um império galáctico. Apaixonado pela ideia da inteligência artificial, em 1950 publicou o livro Eu, Robô, em que determinou as três “leis da robótica”: um robô deve sempre proteger o ser humano, deve obedecer as ordens dadas pelos homens, deve proteger a si mesmo, desde que não desrespeite as leis anteriores.
Para que tivessem emoção, suas histórias tratavam justamente dos conflitos criados pela violação destas leis. Consumidor e divulgador obssessivo de qualquer tipo de informação científica, Asimov conseguiu expandir as fronteiras de sua literatura aos não aficionados do gênero.

Com um texto simples, direto, bem-humorado e carregado de humanismo, usava a ciência mas viajava muito além de seus limites. Elevado, ao lado de Arthur Clarke e Ray Bradbury, ao olimpo do gênero, Asimov foi um trabalhador incansávelque escreveu até morrer coletâneas de artigos, poesias, histórias de mistério, livros para crianças e inesperados guias sobre a Bíblia e William Shakespeare.

Asimov morreu dia 6 de abril de 1992, aos 72 anos, de crise cardíaca e complicações renais, em Nova York.

(Fonte: Veja, 15 de abril de 1992 –ANO 25 – Nº 16 – Edição 1230 – Datas -– Pág; 75)

 

 

 

 

 

 

 

4 coisas que aprendemos com Isaac Asimov

Conheça algumas lições que aprendemos com suas histórias:

 

1 – “Eu não tenho medo de computadores. Tenho medo da falta deles.”
Em 1964, um texto publicado por Asimov no jornal The New York Times fazia várias reflexões — e previsões — sobre o futuro da tecnologia em 2014. Suas visões foram inspiradas pela Feira Mundial de Nova York e sua aparente falta de ambição sobre o futuro. E muitas apostas do autor provaram estar corretas 50 anos depois: “painéis eletroluminescentes serão de uso comum” — quase uma premonição dos painéis de LED —, “robôs ainda não serão algo comum ou muito avançado, mas já estarão presentes” e “instrumentos eletrônicos continuarão a ser criados para livrar os humanos de trabalhos tediosos”.

O autor ainda menciona avanços na colonização espacial, máquinas que substituem diversas tarefas humanas e a importância da computação nas escolas. E apesar de ter ressaltado essa necessidade já nos anos 1960, a noção de que estudantes devem aprender “as linguagens do computador” ainda é algo relativamente recente.

 

2 – “Pessoas que pensam saber tudo são um grande incômodo para nós, que sabemos.”
Talvez o autor não soubesse realmente tudo, mas sua obra inclui, além de ficção científica, livros de mistério, fantasia e até não-ficção. Seus trabalhos mais populares exploram muitos conceitos científicos baseados em um contexto histórico altamente detalhado, percorrido desde as suas origens básicas. O conhecimento de Asimov em bioquímica, astronomia, história e matemática prova que é realmente possível dominar muitos assuntos.

 

3 – “Se meu médico dissesse que só tenho seis minutos de vida, eu não ficaria alarmado, só começaria a escrever mais rápido.”
Asimov foi um escritor muito produtivo e abrangente: escreveu mais de 500 livros. Na Classificação Decimal de Dewey, um sistema de documentação dividido em dez grandes temas, o autor chegou a abordar nove desses temas em toda a sua obra. Com toda a profundidade de suas narrativas, Asimov escreveu, em média, 1,7 mil palavras por dia.

 

4 – “Criacionistas fazem parecer que uma ‘teoria’ é algo que você sonhou após ter bebido a noite toda.”
Isaac Asimov era ateu e declarou uma vez: “Eu nunca, nem por um momento, fui tentado por religiões de qualquer tipo. O fato é que não sinto nenhum vazio espiritual. Eu tenho a minha filosofia de vida, que não inclui qualquer aspecto sobrenatural e que considero totalmente satisfatória. Sou, em suma, um racionalista.”

 

Em entrevistas, ele deixou claro que acreditava no método científico como forma de compreender o universo natural e desconsiderava mitologias ou o conceito de céu e inferno. O termo “ateu”, neste caso, definia apenas aquilo que não era real para Asimov. O movimento humanista, por sua vez, mostrou ter mais relação com suas crenças pessoais sobre a capacidade de progresso da sociedade e do ser humano, sem apoio ou influências sobrenaturais.

(Fonte: https://revistagalileu.globo.com/Cultura/noticia/2017/01/4- CULTURA / POR HUMBERTO ABDO – 06/01/2017)

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