Isabella, atriz brasileira, foi uma das musas do Cinema Novo, como a protagonista de “Capitu”

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Isabella Cerqueira Campos, a Capitu do Cinema Novo

Isabella (Mundo Novo, Bahia, 27 de julho de 1938 – Rio de Janeiro, 2 de fevereiro de 2011), atriz de cinema, televisão e teatro. Isabella, como era conhecida, foi protagonista de “Capitu”, dirigido por Paulo Cezar Saraceni, um marco do Cinema Novo.

Foi a protagonista de “Capitu”, marco do Cinema Novo, tornou-se uma das musas do movimento e seu trabalho mais marcante foi no filme de Paulo Cesar Saraceni, ao lado de Othon Bastos e Raul Cortez.

A atriz brasileira Isabella Cerqueira Campos, era conhecida apenas como Isabella, sem sobrenome, e foi uma das musas do Cinema Novo, como a protagonista de “Capitu” (1968), filme dirigido por Paulo Cezar Saraceni.

Isabella nasceu em Novo Mundo, na Bahia, no dia 27 de julho de 1938. Aos 15 anos, mudou-se para o Rio de Janeiro, onde estudou teatro e dança. Trabalhou como comissária de bordo e tornou-se modelo em Paris, tendo desfilado para a Maison Dior em 1960.

Dois anos depois, voltou para o Rio e deu início à carreira de atriz com a peça “A prima dona”. Sua estreia nos cinemas aconteceu no mesmo ano, no filme “Os apavorados”, a última chanchada da Atlântida, seguido por “Cinco vezes favela”, de Cacá Diegues, um dos marcos do Cinema Novo.

Isabella tornou-se uma das musas do movimento e seu trabalho mais marcante foi “Capitu”, de 1968, dirigido por Paulo Cesar Saraceni, que viria a ser seu marido. A atriz viveu a protagonista ao lado de Othon Bastos como Bentinho e Raul Cortez como Escobar.

Na televisão, a atriz foi destaque em novelas como “Passos dos ventos”, de 1968, e “A cabana do Pai Tomáz”, de 1971, e no seriado “Sítio do Pica Pau Amarelo”, de 1978.

No teatro, ela estrelou peças como “Dura lex sed lex, no cabelo só Gumex”, de 1965, “Viver é muito perigoso”, de 1968, “Quinze anos depois”, de 1985, “Amar se aprende amando”, de 1987, e “Cora Coralina”, de 1989.

Nos anos 1970, ela casou-se com o cineasta Carlos Frederico Rodrigues, com quem trabalhou em filmes como “A possuída dos mil demônios”. Na década seguinte, Isabella mudou-se com o marido para Visconde de Mauá, onde fundou o Teatro da Montanha.

Baiana de Novo Mundo, Isabella fez cinema, teatro e televisão. Foi morar no Rio de Janeiro aos 15 anos, estudou teatro e dança, trabalhou como aeromoça da Panair e tornou-se modelo internacional em Paris, chegando a desfilar para a Maison Dior em 1960, antes de chegar ao cinema.

Sua carreira de atriz começou em 1962, após voltar ao Rio e estrear na peça “A Prima Dona”. Seu primeiro filme foi “Os Apavorados” (1962), a última chanchada da Atlântida, em que atuou ao lado de Oscarito e Nair Bello. No mesmo ano, ela iniciou seu longo relacionamento com o Cinema Novo, estrelando o clássico “Cinco Vezes Favela” (1962) e, em seguida, dois filmes consecutivos de Paulo Cezar Saraceni, “O Desafio” (1965) e “Capitu” (1968).

Isabella tornou-se uma das musas do movimento e acabou se casando com Sarceni. Seu papel na comédia “Proezas de Satanás na Vila do Leva-e-Traz” (1967), de Paulo Gil Soares, rendeu-lhe o prêmio de melhor atriz coadjuvante no Festival de Belo Horizonte. O filme também venceu o Festival de Brasília.

Trabalhou ainda com Gustavo Dahl (“O Bravo Guerreiro”, 1969), Miguel Faria Jr. (“Pedro Diabo Ama Rosa Meia Noite”, 1969) e até um iniciante Daniel Filho (“A Cama Ao Alcance de Todos”, 1969) antes de cair no underground com Júlio Bressane (“Barão Olavo, o Horrível”, 1970), no feminismo (“A Possuída dos Mil Demônios”, 1970), no erotismo (“Lúcia McCartney, Uma Garota de Programa”, 1971) e no carnaval (“A Lira do Delírio”, 1978).

Virou musa do udigrudi, casando-se com Carlos Frederico Rodrigues, seu diretor no filme “A Possuída dos Mil Demônios”, na comédia “Lerfá Mu” (1979) e no curta-metragem “O Mundo a Seus Pés” (1987).

Na televisão, a atriz foi destaque nas primeiras novelas da Globo, como “Passos dos Ventos” (1968), “A Rosa Rebelde” (1969) e “A Cabana do Pai Tomáz” (1971), e no seriado “Sítio do Pica-Pau Amarelo” (1978).

Isabella estava afastada das telas desde os anos 80 quando se mudou para Visconde de Mauá, no estado do Rio, onde fundou com o marido o “Teatro da Montanha”. Voltou para o Rio em 1997, depois da morte de seu marido Carlos Frederico. Mas só voltou a atuar, após hiato de duas décadas, no filme “Brasília 18%” (2006), de Nelson Pereira dos Santos, seu último trabalho como atriz.

No ano seguinte, ela ainda apareceu em depoimento ao documentário “Panair do Brasil”, de Marco Altberg, sobre a pioneira empresa de aviação, na qual trabalhou como aeromoça.

Seu último trabalho foi uma participação especial no filme “Brasília 18%”, de Nelson Pereira dos Santos, em 2006. No ano seguinte, ela apareceu nas telas em um depoimento ao documentário “Panair do Brasil”, de Marco Altberg.

Isabella morreu no dia 2 de fevereiro de 2011, de câncer, aos 72 anos.

(Fonte: www.pipocamoderna.mtv.uol.com.br – Marcel Plasse /fev 9 2011)

(Fonte: http://oglobo.globo.com/cultura -2828484#ixzz3Yc0cpHDd – CULTURA – POR O GLOBO – 03/02/2011)
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