Ivo Tramontina, executivo, ex-presidente e filho dos fundadores da empresa gaúcha Tramontina, tradicional produtora de talheres

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Ivo Tramontina, ex-presidente do grupo Tramontina

Empresário, era um dos fundadores da empresa gaúcha, atuava diretor-conselheiro das empresas do grupo.

Executivo era um dos fundadores da empresa

Ivo Tramontina (Carlos Barbosa, 1925 – Carlos Barbosa, Serra do Rio Grande do Sul, 23 de dezembro de 2017), era um dos fundadores da empresa metalúrgica Tramontina, tradicional fabricante de artigos de cutelaria. Ivo atuava como diretor-conselheiro das empresas do Grupo Tramontina. Mais de cem anos depois, a empresa permanece líder, sendo a principal fabricante de artigos de cutelaria e equipamentos para o lar.

Nascido em Carlos Barbosa, berço e até hoje sede das empresas Tramontina, Ivo é filho de Valentin (1893-1939) e Elisa Cecco Tramontina. Ivo atuava como Diretor Conselheiro das empresas Tramontina e continuava com os olhos voltados para às fábricas, sua grande paixão. Tinha dois irmãos, Henrique e Nilo, que faleceram ainda jovens.

Desde muito jovem, trabalhou em vários setores da empresa, inicialmente ajudando a sua mãe Elisa até chegar à presidência. Em 1949, a fábrica, com 16 empregados, passou a ser administrada por Ivo Tramontina e Ruy J. Scomazzon, que ingressaram na empresa, ambos, respectivamente, com 23 e 21 anos de idade.

Desde jovem, trabalhou em vários setores da empresa, e ajudou a mãe a assumir a presidência. Em 1949, com 23 anos, passou a administrar a indústria ao lado de Ruy Scomazzon, na época com 21 anos. Na ocasião, a fábrica tinha 16 empregados, e é quando a criação da marca do Grupo Tramontina começa a tomar forma e expandir.

A partir de então, a Tramontina iniciou um processo de crescimento e de melhorias. Hoje, com 106 anos, o grupo empresarial constitui em um dos mais expressivos parques industriais brasileiros, com 10 unidades fabris descentralizadas, sendo oito no Rio Grande do Sul, uma em Belém e outra em Recife. Nos locais, são produzidos 18 mil itens destinados a segmentos diversos.

 

Tramontina: Várias gerações até o sucesso

Em 1911, o filho de imigrantes italianos Valentin Tramontina saiu de Santa Bárbara (RS) e foi à cidade de Carlos Barbosa, também no interior gaúcho, para montar seu negócio próprio, a ferraria Tramontina. Na época, a famosa marca de utensílios era uma pequena oficina montada em um terreno alugado.

Em 1939, Valentin morreu e sua mulher, Elisa De Cecco Tramontina, assumiu a empresa. A história de sucessão começou dez anos depois, quando Ivo Tramontina seguiu os passos do pai e passou a comandar o negócio, junto com seu amigo, Ruy J. Scomazzon. Nas décadas seguintes, a dupla foi responsável por expandir o empreendimento e levar a Tramontina para cerca de 120 países.

A tradição da família continuou quado Clóvis Tramontina, filho de Ivo, deu sequência aos negócios, assumindo, em 1992, a presidência da companhia. Mas ele não caiu de paraquedas no cargo. Antes de alcançá-lo, foi preparado para isso. Passou por vários setores da empresa e estudou, se formando em Administração e fazendo alguns outros cursos depois, como pós-graduação e MBA.

Assim, a pequena oficina fundada por Valentin, tornou-se referência e é líder nacional em diversos segmentos. São mais de 7 mil funcionários que atuam nas fábricas e demais unidades operacionais e comerciais.

Ivo Tramontina morreu em 23 de dezembro de 2017, aos 92 anos. Ele estava internado no Hospital São Roque, em Carlos Barbosa, Serra do Rio Grande do Sul.

O governador do Rio Grande do Sul, José Ivo Sartori, manifestou pesar pela morte de Tramontina. “Uma perda irreparável para Carlos Barbosa, pelo exemplo de ser humano”, lamentou Sartori. O governador ainda agradeceu pelo “legado de homem do bem, do pensamento positivo e da solidariedade com o próximo”.

(Fonte: Zero Hora – Ano 54 – N° 18.969 – 26 de dezembro de 2017 – TRIBUTO / MEMÓRIA – Pág: 29)

(Fonte: https://blog.contaazul.com – EMPREENDEDORISMO / Por Vinicius Roveda – 13/08/2016)

(Fonte: https://g1.globo.com/rs/rio-grande-do-sul/noticia – Rio Grande do Sul / Por Marco Matos, RBS TV – 23/12/2017)

 

 

 

 

 

De pequena oficina a grupo bilionário

Tradicional produtora de talheres, Tramontina chega aos 100 anos fabricando de panelas a móveis, com vendas de R$ 2,5 bilhões

 

A Tramontina, tradicional fabricante de artigos de cutelaria, chega aos cem anos com uma lista diversificada de produtos em seu portfólio, que vai de móveis de plástico e madeira para jardim e piscina até cubas de inox para pias, aspiradores de pó e “cooktops”. São dez fábricas no Brasil responsáveis pela criação e produção de 17 mil itens, que podem ser encontrados em residências de 118 países para os quais a companhia exporta.

 

A cada dia, saem das linhas de produção da companhia 200 mil facas, 85 mil panelas antiaderentes e 12 mil panelas de inox, para citar alguns exemplos. A empresa é uma das poucas do setor que ainda fabrica talheres no País. “A Tramontina só importa matéria-prima. A transformação é toda feita aqui”, conta Todson Marcelo Andrade, presidente da Câmara Municipal de Carlos Barbosa, cidade gaúcha que abriga quatro fábricas da empresa, e presidente do sindicato dos metalúrgicos local. “Eles fabricam 70% das cubas vendidas no mercado nacional. No ano passado, foram mais de 400 mil cubas que saíram da unidade, que tem 200 funcionários”, relata o vereador.

“A Tramontina é uma das grandes empresas da região de Caxias do Sul”, afirma Odacir Conte, diretor-executivo do Sindicato das Indústrias Metalúrgicas, Mecânicas e de Material Elétrico de Caxias do Sul (Simecs). Ele conta que ela integra um seleto grupo de companhias locais internacionalmente conhecidas, como a fabricante de ônibus Marcopolo ou a produtora de implementos agrícolas Randon.

 

Fábrica de ferramentas da Tramontina, em Carlos Barbosa, inaugurada em 1982
Divulgação

Fábrica de ferramentas da Tramontina, em Carlos Barbosa, inaugurada em 1982

A história da Tramontina começou em 1911, quando Valentin Tramontina chegou à localidade que viria a se tornar Carlos Barbosa, para montar o seu próprio negócio, uma cutelaria especializada em canivetes. Filho de italianos e nascido em Santa Bárbara, Valentin criou uma pequena oficina em um terreno alugado. Após o serviço militar obrigatório, retomou suas atividades e mudou para um galpão maior. Foi logo depois que Valentin casou-se com Elisa De Cecco.

Em 1949, os Tramontina passaram a dividir o poder na companhia com Ruy Scomazzon. Desde 1992, a vice-presidência do conselho está nas mãos de Eduardo Scomazzon, filho de Ruy.

 

Faturamento

Hoje, a maioria das famílias da cidade tem, teve ou terá alguma relação com a Tramontina. Em Carlos Barbosa, que se tornou independente de Farroupilha em 1959, a companhia tem quatro de duas dez fábricas, onde trabalham cerca de 50% dos seus 6 mil funcionários. João Paulo Dall´Oglio, secretário do Planejamento do município, estima que a companhia seja responsável por cerca de 70% da economia do município. O faturamento da empresa no ano passado, considerado “fraco” por uma fonte que prefere não se identificar, foi de R$ 2,5 bilhões. Para este ano, a fonte estima que o valor das vendas brutas alcance a casa dos R$ 3 bilhões.

 

 

O primeiro escritório da companhia no exterior, aberto no México em 1997
Divulgação

O primeiro escritório da companhia no exterior, aberto no México em 1997

O poder da Tramontina na cidade de 25 mil habitantes é tal que os barbosenses costumam dizer que o município tem dois prefeitos, Fernando Xavier, do PDT, e Clovis Tramontina, herdeiro e presidente do conselho de administração do grupo Tramontina. Procurado por meio da assessoria de imprensa da empresa, Clovis Tramontina não quis atender a reportagem.

Formado em Direito e em Administração de Empresas, Clovis representa a terceira geração dos Tramontina na indústria de cutelaria. Ele assumiu o conselho da companhia em 1992, no lugar de seu pai, Ivo Tramontina. “Vejo a Tramontina no futuro com polos de produção fora do Brasil, com plantas de produção por continentes”, disse recentemente o empresário ao jornal “Contexto”, publicado semanalmente em Carlos Barbosa. A companhia tem 11 unidades no exterior, sendo duas nos Estados Unidos, mas não há produção internacional. Em uma recente entrevista ao diário gaúcho “Zero Hora”, Clovis disse que sua “visão” está mais orientada para a África do que para a China, indicando futuros planos de investimento. “O continente africano tem 800 milhões de habitantes e está a seis, sete horas do Brasil. Pode ser uma grande oportunidade para colocar uma unidade produtiva”, afirmou.

No texto do jornal barbosense, Clovis reforça o estilo familiar de administração do grupo. Afirma que, pela sua vontade, seus filhos também devem vir a integrar os quadros da companhia. “Eu gostaria que meus filhos trabalhassem aqui. Estou preparando eles. A Elisa fez design e presta serviços à Tramontina. Os guris estão no exterior estudando, mas já sabem que, se vierem para cá, terão de ter dedicação e estarem preparados para isso”, afirmou o empresário, em referência aos filhos Marcos e Ricardo.

(Fonte: http://economia.ig.com.br/empresas/industria – BRASIL ECONÔMICO – ECONOMIA – EMPRESAS – INDÚSTRIA /Por Nelson Rocco, iG São Paulo |

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