O diretor de cinema

 

 

Jack Clayton (nasceu em 1° de março de 1921, Brighton, Brighton and Hove, Reino Unido – faleceu em 26 de fevereiro de 1995, em Slough, Reino Unido), foi um diretor que iniciou uma era de realismo social no cinema britânico com o filme “Room at the Top”, de 1958.

O trabalho do Sr. Clayton era pequeno, mas admirado. “Room at the Top”, estrelado por Laurence Harvey e Simone Signoret, foi uma acusação ao sistema de classes britânico. A sua franqueza sexual e as imagens da pobreza provinciana traçaram um novo território no realismo britânico. Recebeu uma indicação ao Oscar de melhor filme. Miss Signoret e Neil Paterson, que escreveram o roteiro, ganharam Oscars por seu trabalho.

“Os Inocentes”, dirigido por Clayton em 1961, foi uma releitura surreal da história de fantasmas de Henry James, “A Volta do Parafuso”. Estrelou Deborah Kerr.

Ele também dirigiu “The Pumpkin Eater”, um filme de 1964 sobre casamento, divórcio e adultério, estrelado por Anne Bancroft, Peter Finch e James Mason. Bancroft recebeu uma indicação ao Oscar por interpretar uma mulher que sofre um colapso nervoso após o nascimento de seu sétimo filho.

Outros filmes de Clayton incluem “Our Mother’s House” (1967); “O Grande Gatsby” (1974), estrelado por Robert Redford e Mia Farrow, e “Something Wicked This Way Comes” (1981), a adaptação da Disney do romance de Ray Bradbury de 1962 sobre eventos sobrenaturais em uma pequena cidade do Meio-Oeste.

Seu último filme, “A Paixão Solitária de Judith Hearne” (1987), estrelou Maggie Smith como uma solteirona em Dublin.

Clayton entrou no ramo do cinema em 1936, como mensageiro de 15 anos. Durante a Segunda Guerra Mundial, ele foi fotógrafo da unidade de cinema da Força Aérea Real.

Após a guerra, ele dirigiu salas de edição e trabalhou como gerente de produção. Dirigiu seu primeiro filme, “The Bespoke Overcoat”, em 1956.

“Nunca fiz um filme que não quisesse”, disse ele certa vez. “Mas eu me pergunto por que fiz tão poucos. Acho que é porque é preciso um grande esforço para me afastar do bebê e passar para a próxima coisa.”

Jack Clayton faleceu no sábado 26 de fevereiro de 1995 em um hospital em Slough, 24 quilômetros a oeste de Londres. Ele tinha 73 anos.

Ele sofria de problemas cardíacos e hepáticos, disse o diretor Michael Winner, um amigo.

(Créditos autorais: https://www.nytimes.com/1995/03/01/artes – The New York Times/ARTES/Por A Associated Press – 1º de março de 1995)

Uma versão deste artigo aparece impressa na 1º de março de 1995Seção B , página 9 da edição National com o título: Jack Clayton Diretor de cinema.

©  1996  The New York Times Company