Jake LaMotta, boxeador que inspirou filme com De Niro
“Touro Indomável” retratava vida de ícone do boxe dos EUA
Giacobbe “Jake” LaMotta (Bronx, Nova York, 10 de julho de 1921 – Miami, 19 de setembro de 2017), lendário boxeador que inspirou o filme “Touro Indomável” de Martin Scorcese.
O boxeador foi um ícone do esporte entre as décadas de 1940 e 1950 e inspirou o filme “Touro Indomável” (1980). O longa dirigido por Martin Scorsese teve Robert De Niro interpretando o boxeador, em um roteiro baseado nas memórias do pugilista.
LaMotta foi o primeiro a vencer Sugar Ray Robinson, um dos maiores nomes do esporte naquela época, criando uma rivalidade que renderia seis lutas memoráveis. Mas o lutador foi suspenso por suspeita de fraude em uma derrota para Billy Fox.
“Eu deliberadamente perdi uma briga para Billy Fox porque eles disseram que eu levaria um tiro se lutasse pelo título”, admitiu LaMotta, décadas depois, em uma entrevista publicada no livro “Dentro do corner: 42 campeões mundiais contam suas histórias”, de Petter Heller.
LaMotta nasceu no Bronx, em Nova York, em 1922, e contabilizou 83 vitórias e apenas 14 derrotas entre 1941 e 1954. Sua rivalidade com Sugar Ray Robinson foi uma das maiores da história do boxe norte-americano.
A vida do pugilista inspirou o personagem de Robert De Niro no filme “Touro Indomável”, lançado em 1980, que recebeu oito indicações para o Oscar, a maior premiação do cinema norte-americano.
O boxeador, que ficou conhecido como “Bronx Bull” – em inglês, Touro do Bronx, bairro de Nova York, onde nasceu -, lutou profissionalmente entre 1941 e 1954. Ele teve um cartel de 83 vitórias, sendo 30 por nocaute, 4 empates, 19 derrotas e conquistou o cinturão dos pesos médios em 1950.
LaMotta, o bruto ex-campeão de boxe, cuja vida de violência dentro e fora do ringue foi retratada no filme “Touro Indomável”, admitiu ter perdido uma luta intencionalmente a pedido de mafiosos, era um homem de gênio forte e espírito incontrolável, fosse para o bem ou para o mal.
Dentro do boxe, esporte que o moldou, soube aproveitá-los para construir a carreira e fazer sua fama de lutador resistente. Na vida pessoal, foram elementos de um caráter condenável, marcado por episódios de violência doméstica, estupro e uma agressão quase homicida. Para além dos julgamentos, será lembrado como um personagem digno de filme, como de fato ocorreu em “Touro indomável”, de 1980, dirigido por Martin Scorsese, considerado um clássico do gênero de luta. Dono do cinturão dos pesos médios entre 1949 e 1951, LaMotta entrou em evidência em boa época para o boxe, quando o esporte tinha alta adesão de público nos EUA.
Curiosamente, tinha no ringue um comportamento oposto às primeiras experiências com o uso das mãos no Bronx, região pobre de Nova York onde cresceu. Nas ruas, tinha um temperamento quente, onde projetava as constantes agressões do pai, comerciante oriundo da Sicília, mas procurava vencer os adversários profissionais, anos mais tarde, na base do cansaço, apanhando seguidamente até descontar com golpes contundentes e vencer a disputa — daí a denominação de “touro”. Em 106 lutas, venceu 83, trinta delas por nocaute, empatou quatro e perdeu 19. A resiliência do americano logo atraiu a simpatia dos espectadores, trazendo muitas vezes consigo o favoritismo pela promessa de combates carregados de pressão.
Nocaute em 1952
Jake LaMotta faleceu em 20 de setembro de 2017, aos 95 anos, por complicações ligadas à pneumonia, em Miami, nos Estados Unidos.
“Descanse em paz”, disse De Niro – que recebeu uma estatueta pela atuação na película – em comunicado sobre a morte de LaMotta.
(Fonte: https://www.terra.com.br/esportes/lutas/boxe – ESPORTES – LUTAS – BOXE / Por Wallace Nascimento – 20 SET 2017)
(Fonte: https://extra.globo.com/esporte – ESPORTE – 20/09/17)
(Fonte: http://esportes.estadao.com.br/noticias/lutas – LUTAS – ESPORTES/ Por Estadão Conteúdo – 20 Setembro 2017)
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