Jamil Haddad, ex-senador, ex-deputado, ex-ministro da Saúde, presidente de honra do PSB, partido ao qual se filiou anos 60, antes do regime militar, e ajudou a reorganizar na década de 80, depois da redemocratização

0
Powered by Rock Convert

Ex-ministro da Saúde e presidente de honra do PSB

 

Jamil Haddad (Rio de Janeiro, 2 de abril de 1926 — Rio de Janeiro, 11 de dezembro de 2009), ex-senador, ex-deputado, ex-ministro da Saúde, presidente de honra do PSB, partido ao qual se filiou anos 60, antes do regime militar, e ajudou a reorganizar na década de 80, depois da redemocratização.

 

Nascido em 1926 no Rio de Janeiro, o primeiro cargo de Haddad na política foi o de deputado estadual. Com a reorganização partidária de 1979, participou da fundação do PDT. Em 1983 foi escolhido, pelo governador Leonel Brizola, para assumir a Prefeitura do Rio de Janeiro (não havia eleições diretas para o cargo). Mas em 1983 ele rompeu com Brizola, por divergências políticas. Dois anos depois, participou da reorganização do PSB, tendo sido eleito presidente, no primeiro encontro nacional da agremiação.

 

Em 1986, Jamil Haddad assumiu a vaga deixada por Saturnino Braga no Senado, que se elegera prefeito e de quem era segundo suplente. Quatro anos depois (1990) foi eleito deputado federal, participou da mobilização pelo impeachment de Collor. Em 1998 apoiou a aliança PT-PDT-PSB e conseguiu a eleição para deputado estadual. Em 2003, já no governo Lula, assumiu a direção-geral do Instituto Nacional do Câncer (Inca).

 

No governo de Itamar Franco, Jamil Haddad foi nomeado para o Ministério da Saúde, onde ficou até 1993. Durante a gestão lutou pela implantação do SUS (Serviço Único de Saúde) e foi o autor do decreto dos medicamentos genéricos. Já durante o governo Lula, Haddad foi convidado a assumir a direção geral do INCA, cargo que ocupou durante cinco meses.

 

Ele foi o introdutor no país dos medicamentos genéricos – uma das bandeiras do governador José Serra, que, quando ministro da Saúde no governo Fernando Henrique Cardoso, impulsionou a produção e a venda desses remédios no país. O próprio Haddad reivindicava ter conseguido, no posto, a permissão para fabricação de medicamentos genéricos.

 

– Após um congresso, com participação de 11 países onde os genéricos já eram fabricados, preparamos o decreto que foi assinado pelo presidente Itamar Franco e por mim no dia 4 de abril daquele ano – afirmou Haddad, em entrevista, anos depois.

 

Haddad morreu em 11 de dezembro de 2009, no Rio de Janeiro. Aos 83 anos, Haddad foi vítima de um enfarte.

Em nota, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva classificou Haddad como um exemplo de coerência.

(Fonte: Zero Hora – ANO 46 – N° 16.172 – 12 de dezembro de 2009 – TRIBUTO / MEMÓRIA – Pág: 52)

Powered by Rock Convert
Share.