Jane Austen influenciou a cultura pop
Britânica não foi reconhecida em seu tempo, mas até hoje serve de inspiração para romances, filmes da “Sessão da Tarde” e musical da Broadway.
Jane Austen (Steventon, Reino Unido, 16 de dezembro de 1775 – 18 de julho de 1817), autora que no século XIX expôs os anseios femininos e os maneirismos da aristocracia inglesa em clássicos como “Razão e Sensibilidade”, foi autora de “Orgulho e Preconceito” e tataravó da comédia romântica. Muito irônica e dona de senso de humor discreto, a autora nasceu em Steventon, no Reino Unido, em dezembro de 1775. Seu primeiro livro, “Razão e Sensibilidade”, foi publicado em 1810 sob o pseudônimo “By a Lady”, já que a família de Jane preferia a discrição.
Em 1813, saiu seu romance de maior sucesso, “Orgulho e Preconceito”, seguido por “Mansfield Park”, de 1814, cujos exemplares da primeira tiragem esgotaram em seis meses. “Emma” e “Persuasão”, suas duas últimas obras lançadas ainda em vida, foram lançadas com poucos meses de diferença.
A escritora morreu em julho de 1817, aos 41 anos, em pleno auge, por causas desconhecidas na época. Hoje em dia, após estudos minuciosos sobre os sintomas que Austen citava em suas cartas, acredita-se que ela foi vítima de Doença de Addison.
A sociedade e os costumes mudaram bastante, mas as histórias de Jane continuam fazendo sucesso e ganhando adaptações até hoje. Os textos da escritora influenciaram romance da literatura “chick-lit” (“leitura de meninas”), filme da Sessão da Tarde, musical da Broadway e até blockbusters indianos — sem falar que a autora tem o seu próprio fandom. Veja as evidências de que Jane Austen é ídolo da cultura pop até hoje:
1- “O Diário de Bridget Jones” (2001)
Aos trinta e poucos, cheia de problemas de auto-estima e atrapalhada, Bridget Jones, protagonista dos livros de Helen Fielding, é muito diferente das heroínas de Austen, mas a ansiedade para arranjar um casamento, a má impressão inicial e as voltas do amor de “Orgulho e Preconceito” estão lá. Além disso, o amado dela, Mark Darcy, é praticamente uma versão atual do Sr. Darcy. Bridget é, ainda, obcecada por Colin Firth, intérprete do personagem na célebre minissérie de TV da BBC de 1995.
2- “As Patricinhas de Beverly Hills” (1995)
Cher (Alicia Silverstone) é uma garota rica, mimada, popular e muito feliz. Seu passatempo favorito é fazer transformações de visuais e bancar a cupido. Ela conhece, então, a desajustada Tai (Brittany Murphy) e adota como missão torná-la também uma garota popular. O plot é parecido com o de muitos filmes da Sessão da Tarde, mas ele é originalmente de “Emma”, terceiro romance de Jane Austen.
3- “Orgulho e Preconceito e Zumbis” (2012)
Como se não fosse o bastante mostrar as desventuras de um casal, por que não também mostrar a Inglaterra vitoriana assolada por zumbis? Esta foi a ideia de Seth Grahame-Smith na hora de criar o primeiro mash-up classic. Uma das únicas diferenças entre o original e a versão geek é que Elizabeth Bennet não é apenas uma dama à procura de um bom casamento, mas também uma mestre em artes marciais e especialista no uso de diversas armas. Em 2016, chegará aos cinemas com Lena Headey (“Game of Thrones”), Matt Smith (“Dr. Who”) e Lily James (“Cinderela”).
4- “Sem Prada Nem Nada” (2012)
Camilla Belle e Alexa Pena Vega estrelam uma versão da colônia mexicana dos EUA de “Razão e Sensibilidade”. Até então muito ricas, as irmãs Nora e Mary Dominguez descobrem que perderam tudo com a morte do pai e precisam morar com a tia. O embate entre o lado racional de uma com o mais impulsivo da outra estão presentes da adaptação, que ainda tem Wilmer Valderrama no elenco.
5- “I Love You Because” (2006)
O musical que ficou em cartaz em 2006 em Nova York retratam dois jovens se apaixonando na cidade dos dias atuais. Com letra de “Ryan Cunningham”, a produção também é uma versão de “Orgulho e Preconceito” e viajou pelo Canadá e Inglaterra.
6- “Metropolitan” (1990)
Dirigido por Whit Stillman e indicado ao Oscar de roteiro, a trajetória de um grupo de novaiorquinos da alta sociedade é inspirada em “Mansfield Park”. Na trama de Austen, Fanny mora com seus tios em Mansfield e é bastante crítica em relação ao estilo de vida de seus primos, mas vê sua rotina mudar completamente com a chegada de um casal de irmãos. No filme, Tom (Edward Clements) acaba se tornando amigo de um grupo de bem-nascidos, porém não resiste em achá-los frívolos até que começa a se interessar por Audrey (Carolyn Farina).
7- “Bride and Prejudice” (2004)
Esta versão de Bollywood de “Orgulho e Preconceito” é, como os filmes indianos mais populares, cheios de cenas de dança e momentos engraçadinhos. Martin Henderson interpreta o americano William Darcy, que viaja à Índia para conhecer a família de seu melhor amigo, Balraj, vivido por Naveen Andrews, o Sayid de “Lost”! A mega-estrela indiana Aishwarya Rai Bachchan interpreta a protagonista Lalita.
8- “I Have Found it” (2000)
“Razão e Sensibilidade” também ganhou uma versão indiana, mas de Kollywood, cujos filmes são falados em tâmil, língua nativa da Índia. Esta foi a primeira vez que Aishwarya Rai Bachchan trabalhou em uma versão atualizada de um livro de Jane Austen. Ela interpreta Meenu, jovem passional e entusiasta da poesia, enquanto Tabu é Sowmya, diretora de escola muito racional. As duas irmãs, então, passam por desventuras amorosas.
(Fonte: http://on.ig.com.br/palavra/2015-04-07 – PALAVRA / Por |
(Fonte: Veja, 7 de janeiro de 2004 – ANO 37 – Nº 1 – Edição 1835 – LIVROS/ Por Marcelo Marthe – Pág: 108/109)
Jane Austen, autora de Orgulho e Preconceito, vai estampar as notas de 10 libras na Inglaterra
O Banco da Inglaterra anunciou que homenageará a escritora Jane Austen na nova nota de 10 libras esterlinas. A autora de Orgulho e Preconceito e Razão e Sensibilidade substituirá Charles Darwin na estampa da nota, que circula desde 2000 com o rosto do grande naturalista inglês.
Austen é uma das maiores autoras da história da Inglaterra, e sua importância supera os limites do campo literário: Jane é reconhecida como pioneira na afirmação feminina tendo, na virada do século XVIII para o século XIX, se destacado em um meio dominado por homens. Numa época em que mulheres mal podiam trabalhar, não é por acaso que os primeiros romances de Austen tenham sido publicados em autoria anônima.
A escritora se junta ao seleto grupo de grandes nomes do país a estamparem as notas inglesas, como o estadista Winston Churchill, o escritor Charles Dickens, o próprio Darwin, além, é claro, da Rainha Elizabeth, entre outros. A homenagem à escritora foi oficializada no último dia 18 de julho, quando completou-se 200 anos de sua morte. Passados dois séculos, o prestígio da obra de Austen segue inabalado no mundo todo.
(Fonte: http://www.hypeness.com.br/2017/07 – VIDA E ESTILO – INSPIRAÇÃO/ por: Redação Hypeness – 21/07/2017)