Jean Vigo (Paris, 26 de abril de 1905 – Paris, 5 de outubro de 1934), importante cineasta francês associado ao Realismo Poético, movimento marcante na história do cinema, que cruzou as fronteiras da França e influenciou cineastas e filmografias pelo mundo.
Com exceção de documentários iniciais, legou duas obras que o torna lembrado e motivo de culto: Vigo, Zero em Comportamento (1933) e O Atalante (1934).
Estes filmes, mesmo cultuados e provocadores, tiveram histórias acidentadas, marcadas por censuras, rejeições ou desconfianças. Em decorrência, respeitadas as diferenças de tempo e circunstâncias, Vigo circulou com dificuldades, foi visto por um público seleto: se inscreve entre os diretores cujas obras são cultuadas, também, por que pouco acessíveis.
Trata-se, portanto, de um cineasta que dispensa apresentação: sua obra, indiscutível, se situa no mesmo patamar da dos grandes realizadores no cinema.
Precoce, Vigo antecipa o Realismo Poético, mas morre antes das obras primas de Jean Renoir e Marcel Carné.
(Fonte: http://www.cinequanon.art.br/grandeangular – GRANDE ANGULAR/ Por Por Humberto Pereira da Silva – 10/2012)
Humberto Pereira da Silva é professor de crítica de arte e ética na FAAP, crítico de cinema na Revista de Cinema, colunista do site Digestivo Cultural e autor de “Ir ao cinema: um olhar sobre filmes” (Musa Editora).