Joel Schumacher, diretor de cinema americano
Diretor de filmes marcantes que, quase sempre, são também sucessos de bilheteria. Desde a metade da década de 80, o eclético diretor costuma acertar a mão em gêneros tão distintos quanto a comédia romântica e o suspense de tribunal.
Sua filmografia inclui O Primeiro Ano do Resto de Nossas Vidas, de 1985, que projetou Demi Moore para o estrelato, Os Garotos Perdidos (1987), sobre uma gangue de vampiros adolescentes, e Um Dia de Fúria (1992), aquele em que Michael Douglas espuma de ódio e sai arrebentando meio mundo. Schumacher dirigiu ainda duas adaptações para as telas de bast-sellers assinados pelo dublê de escritor e advogado John Grisham, O Cliente (1994) e Tempo de Matar (1996).
O diretor começou como costureiro. Chegou a ser uma estrela do mundo da moda na Nova York da década de 60, feito que o levou a trabalhar como figurinista em filmes de Woody Allen. A carreira de sucesso no cinema é ainda mais impressionante quando se leva em conta que ele começou a beber aos 9 anos de idade. Antes dos 20, já havia mergulhado fundo nas drogas.
Saiu dessa fase negra em 1970, mas só se tornou um sóbrio convicto em 1991, quando percebeu estar se suicidando. “Em certo sentido, minha vida era como a de um vampiro”, disse à revista americana Newsweek, ao repórter Mark Miller, explicando que só saía à noite e passava o dia trancado em casa, onde cobertores impediam que a luz entrasse pelas janelas.
Para dirigir o quarto episódio optou-se pelo mesmo Joel Schumacher de Batman Eternamente. Schumacher fez um grande filme, capricj=hando nos efeitos visuais e na monumentalidade dos cenários, duas marcas registradas da série.
Foi diretor do filme Batman & Robin, Estados Unidos, 1997), que estreou em 20 de junho de 1997, rendeu 44 milhões de dólares em três dias, o que correspondeu à sétima melhor estreia na época. Foram 60 milhões de dólares em atores, dos quais 25 milhões para Arnold Schwarzenegger, pronto para vestir a armadura metálica do gélido Mr. Freeze.
Além de Schwarzenegger e de Uma Thurman (que ganhou 3 milhões de dólares por seu papel), o elenco trouxe Alicia Silverstone, a loura de As Patricinhas de Beverly Hills, na pele de Batgirl, e Chris O’Donnell, o mesmo Robin do episódio anterior. Quem faz tremular a capa do homem-morcego – personagem já encarnado por Michael Keaton e Val Kilmer é George Clooney, a maior aposta de Hollywood na época.
Badalado por conta de seu personagem, na série de TV Plantão Médico, Clooney foi aprovado pela escolha do público americano, e aprovou a combinação de nomes consagrados com estrelas emergentes.
(Fonte: Veja, 2 de julho de 1997 – ANO 30 – Nº 26 – Edição 1502 – CINEMA/ Por Celso Masson – Pág: 120/121)