Johanna Quandt, chefe da família que controla a BMW, nascida Johanna Bruhn

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JOHANNA QUANDT, VIÚVA DAQUELE QUE SALVOU A BMW

Johanna Quandt durante a Reunião Econômica de Cúpula em Munique, 2 de maio de 2003 (foto Bloomberg)

Johanna Quandt durante a Reunião Econômica de Cúpula em Munique, 2 de maio de 2003 (Foto: Bloomberg)

Johanna Quandt (Berlim, 21 de junho de 1926 – Bad Homburg, 3 de agosto de 2015), chefe da família que controla a BMW, nascida Johanna Bruhn

Ela era a terceira esposa e havia sido secretária do industrial Herbert Quandt, que salvou a BMW de um colapso financeiro após a Segunda Guerra Mundial. Ela herdou 16,7% das ações da BMW após a morte do marido em 1982.

Industrialista Herbert Quandt e sua esposa, Johanna, em 1971. (AFP / Getty Images)

Industrialista Herbert Quandt e sua esposa, Johanna, em 1971. (AFP / Getty Images)

Johanna Quandt e seus dois filhos detinham juntos 46,8% da BMW. Sua morte não afetará o controle da empresa pela família, informou um porta-voz da BMW. A parte dela será dividida entre os filhos Stefan Quandt e Susanne Klatten. Stefan tem hoje 17,4% e é o presidente-substituto do conselho da BMW. Klatten tem 12,6%. Suas participações aumentarão para 25,75% e 20,95%, respectivamente.

O valor líquido pertencente a Johanna Quandt, US$ 11,5 bilhões, é o 98º pelo Bloomberg Billionaires Índex e oitavo na Alemanha. A BMW tem um valor de mercado de € 59,9 bilhões (US$ 65,3 bilhões).

Johanna Quandt ficou na diretoria de supervisão até deixar o cargo em 1997. “Ela acompanhou o desenvolvimento da empresa com grande interesse até o fim,” declarou sua família.

Primeiros anos

Nascida Johanna Bruhn em 21 de junho de 1926, em Berlim, seus pais eram historiadores de arte. Ela passou um ano em Detroit em 1955 trabalhando como empregada doméstica antes de voltar para a Alemanha. Foi secretária de um banqueiro em Colônia antes de trabalhar no escritório de Herbert Quandt em Bad Homburg. Em poucos anos tornou-se assistente pessoal de Herbert com influência cada vez maior em suas decisões nos negócios. Casaram-se em 1960.

Em 1959, contrariando o conselho de seus banqueiros, Herbert foi convencido por seus funcionários e alguns acionistas menores a aumentar sua participação na quase falida BMW para 50% e barrar uma tentativa de aquisição pela Daimler-Benz. Ele procurou dar uma reviravolta na empresa como novos modelos, como o “sedã esportivo” BMW 1500. A operação deu certo e evitou que a fabricante falisse.

A família Quandt era ligada ao regime nacional-socialista da Alemanha. O sogro de Johanna, Guenther Quandt, foi contratado para produzir armas de fogo Mauser foguetes anti-aéreos para a máquina de guerra do Terceiro Reich. Foi preso em 1946 pelas potências aliadas.

Em resposta a um documentário pela televisão sobre os laços da família com o regime nacional-socialista, a família Quandt contratou um professor de história de Bonn, Joachim Scholtyseck, para verificar a profundidade do envolvimento. O estudo mostrou que foi usado trabalho forçado nas fábricas de Quandt durante a guerra.

Trabalho de caridade

Em 1995, Johanna Quandt criou sua própria fundação, que sustenta treinamento de jovens para se tornaram jornalistas de economia e concede prêmios de imprensa todo ano. Ela também proveu fundos para ajudar crianças com câncer e financiou grupos culturais em exibições de arte. Em 2012 ela doou 40 milhões de euros para um instituto de Berlim para pesquisas na área de saúde por um período de 10 anos

“Johanna Quandt representa o patrocínio de maneira exemplar, sem o qual muito já não seria mais possível, disse Roland Koch, o governador do estado de Hesse quando ela recebeu a Ordem do Mérito da República Federal da Alemanha em agosto de 2009.

Johanna Quandt vivia em Bad Homburg, onde sua fundação e os negócios de investimentos de seus filhos estão baseados.

Johanna Quandt morreu nesta segunda feira. Ela tinha 89 anos. Foi em sua casa em Bad Homburg, próximo a Frankfurt, na Alemanha.

(Fonte: http://www.autoentusiastas.com.br/2015/08 – Da Automotive News – 05/08/2015)

 

OS 100 ANOS DA BMW

Freude am Fahren (Prazer de dirigir)

O símbolo da BMW remete aos primórdios da empresa. Há cem anos, em 7 de março de 1916, foi fundada a Bayerische Flugzeugwerke (Fábrica Bávara de Motores para Aviões). Mais tarde passaria a ser chamada Bayerische Motoren Werke (Fábrica de Motores da Baviera), mas as hélices em azul e branco, cores do estado da Baviera, continuariam como símbolo da marca.

Hélices em azul e branco, cores do estado da Baviera, são símbolo da marca

Hélices em azul e branco, cores do estado da Baviera, são símbolo da marca

 

Motocicletas

No final de 1923, foi apresentada a BMW R 32, a primeira motocicleta da empresa. O conceito básico do modelo original – um motor boxer com dois cilindros e eixo cardã – é tão bom que continua sendo usado nas motos BMW até hoje.

BMW R 32, a primeira motocicleta da empresa

BMW R 32, a primeira motocicleta da empresa

 

Primeiro modelo

Em 1928, a BMW adquiriu a fábrica de automóveis de Eisenach e assumiu a produção licenciada de um pequeno veículo inglês. A partir de 1932, começaram a ser fabricados os modelos próprios, como o 303, já com a dianteira típica da BMW, com a grelha em forma de duplo rim.

303, com a dianteira típica da BMW, com a grelha em forma de duplo rim

303, com a dianteira típica da BMW, com a grelha em forma de duplo rim

 

Fins militares

Inicialmente, a BMW funcionou como empresa militar, produzindo motos e aviões durante as guerras. Na 1ª e na 2ª Guerra Mundial, 25 mil trabalhadores forçados e prisioneiros de campos de concentração trabalharam para a BMW. Mais tarde, a empresa assumiria o erro e pagaria compensações financeiras.

A BMW produziu motos e aviões durante as guerras

A BMW produziu motos e aviões durante as guerras

 

 

Perda da unidade de Eisenach

Com o fim da guerra em 1945 e a divisão da Alemanha entre os Aliados, a BMW perdeu sua unidade em Eisenach, no leste da Alemanha, que passou a ser zona de ocupação soviética. Em Munique voltaram a ser fabricadas motocicletas. Em 1952 foi lançado o carro de luxo 501, com motor de seis cilindros. Devido às formas arredondadas, o carro passou a ser chamado “anjo barroco”.

Em 1952 foi lançado o carro de luxo 501

Em 1952 foi lançado o carro de luxo 501

 

Luxo x microcarro

A fabricação de carros de luxo nesta época não era rentável. Cada exemplar era vendido com um prejuízo de 4 mil marcos. A partir de 1955, passou a ser fabricado o pequeno Isetta, uma franquia da italiana Iso Rivolta. Mas ele não conseguiu evitar a crise financeira da BMW.

O pequeno Isetta, uma franquia da italiana Iso Rivolta

O pequeno Isetta, uma franquia da italiana Iso Rivolta

 

 

Novo proprietário

Em 1959, à beira da falência, a BMW estava ameaçada de ser comprada pela Daimler. O empresário Herbert Quandt assumiu a empresa e começou a história de sucesso. Hoje, seus herdeiros, os irmãos Stefan Quandt e Susanne Klatten (na foto com a mãe, falecida em 2015), detêm juntos 47% das ações da BMW, constituindo uma fortuna de mais de 30 bilhões de euros.

Os irmãos Stefan Quandt e Susanne Klatten (na foto com a mãe, falecida em 2015)

Os irmãos Stefan Quandt e Susanne Klatten (na foto com a mãe, falecida em 2015)

 

Novo impulso

Em 1961, foi lançado o novo BMW 1500, um modelo moderno de carro de médio porte. Depois de várias dificuldades iniciais, ele foi aperfeiçoado com os modelos 1600, 1800 e 2000, tornando-se finalmente um grande sucesso. A marca tomou um novo impulso no mercado automobilístico ao apresentar, em 1966, o duas portas 02.

BMW 1500, um modelo moderno de carro de médio porte

BMW 1500, um modelo moderno de carro de médio porte

 

O mais vendido

O modelo mais vendido da BMW é o Série 3, lançado em 1975, e que representa quase 25% das vendas da marca. Em 1981, foi fabricado o de número 1 milhão. Em 2012, chegava ao mercado a sexta geração do modelo. A próxima está prevista para 2018.

BMW Série 3, lançado em 1975

BMW Série 3, lançado em 1975

 

A sede

Em 1973, foi inaugurada em Munique a nova sede do conglomerado, e que até hoje é um dos símbolos da capital bávara. Nos anos 1970 e 1980, a BMW se consolidou como uma das empresas automobilísticas que mais crescem no mundo. Hoje, o grupo BMW tem mais de 25 unidades de produção em 14 países, perfazendo mais de cem mil funcionários.

Em 1973, foi inaugurada em Munique a sede do conglomerado, um dos símbolos da capital bávara

Em 1973, foi inaugurada em Munique a sede do conglomerado, um dos símbolos da capital bávara

 

Novas marcas

As duas últimas décadas foram marcadas pela expansão. A compra do grupo britânico Rover, em 1994, revelou-se um erro e a marca foi vendida com prejuízo no ano 2000. Só foi mantido o modelo Mini, que vivenciou um ressurgimento a partir de 2001. Desde 2003, a BMW fabrica carros de luxo da Rolls-Royce.

O modelo Mini do grupo britânico Rover

O modelo Mini do grupo britânico Rover

 

O futuro

O i3 da BMW é pioneiro no segmento de carros elétricos, com uma carroceria de carbono. Pequim, Oslo ou Londres já hoje dificultam a entrada de veículos com motores a combustão, enquanto motores a diesel estão estigmatizados por causa do escândalo da Volkswagen. Isso pode ser ruim, porque um em cada três carros da BMW é a diesel. Mas, por outro lado, pode impulsionar a venda de carros elétricos.

O i3 da BMW é pioneiro no segmento de carros elétricos

O i3 da BMW é pioneiro no segmento de carros elétricos

 

BMW 503 conversível

O BMW 503 foi apresentado em 1956. Foi o primeiro carro alemão produzido em série com uma capota de acionamento elétrico, uma carroceria completamente de alumínio e o primeiro motor de série V8 de metal leve. Ele foi montado até 1960 e foram vendidas 412 unidades: 273 sedãs e 139 conversíveis.

O BMW 503 foi o primeiro carro alemão produzido em série com uma capota de acionamento elétrico

O BMW 503 foi o primeiro carro alemão produzido em série com uma capota de acionamento elétrico

 

Série 5

A Série 5 existe desde 1972. A geração da Série 5 hoje nas ruas foi apresentada em 2010, com modificações no design, uma ampliação da gama de motores e equipamentos inovadores. O Série 5 de número 5.555.555 passou pela linha de produção em 2009.

A Série 5

Série 5

 

 

BMW M3

Em 1986 nasceu uma lenda: o BMW M3. Em 1989, o piloto venezuelano Johnny Cecotto ganhou um título de DTM com esse carro. De 1987 a 1992, o M3 ganhou dois campeonatos europeus de turismo, dois DTM e outras corridas internacionais. Mais de 1.500 vitórias e 50 campeonatos em sete anos fizeram do BMW M3 o carro de turismo com mais êxito do mundo.

BMW M3

BMW M3

 

BMW M3 sedã

Ao introduzir a Série 4, a BMW reestruturou seus modelos: os cupês são designados por números pares, e os sedãs por números ímpares. Os modelos esportivos M também seguem essa metologia.

BMW M3 sedã

BMW M3 sedã

 

BMW 640 d Sport Edition

Com o M Sport Edition, a BMW quer ressaltar ainda mais o lado esportivo da Série 6 cupé. O modelo vem com um kit aerodinâmico M, faróis adaptativos de LED, volante M adaptativos, volante revestido em couro M e assentos esportivas. O mais interessante, porém, vem ainda: o motor a diesel. O 640d pode competir facilmente com o modelo a gasolina, o 640i.

M Sport Edition, da BMW

M Sport Edition, da BMW

 

BMW X4

A BMW ampliou a Série 4 com o Sports Activity Coupê X4. Tecnicamente, o X4 é baseado no X3, mas põe mais peso na estética. O SUV é esportivo e robusto e com dimensões relativamente compactas. O volume do bagageiro é de 500 a 1.400 litros. A versão xDrive35i vem com motor de 306 cavalos, que alcança a velocidade máxima de 247 km/h.

Sports Activity Coupê X4

Sports Activity Coupê X4

 

BMW X6

A BMW apresentou no final de 2014 a segunda geração de seu Sports Activity Coupé X6. O novo X6 vem com itens de série opulentos: por exemplo, tapetes de couro, operação automática da porta traseira e uma caixa de câmbio esportiva Steptronic de oito marchas com aletas incorporadas no volante.

Sports Activity Coupé X6

Sports Activity Coupé X6

 

BMW Serie 4 Cupê

Nos cupês, os designers retiram o teto dos modelos normais e os deixam mais bonitos… e o cliente paga mais. O BMW Série 4 Cupê, a não ser pela forma, não se diferencia muito do modelo da Série 3 normal.

BMW Série 4 Cupê

BMW Série 4 Cupê

 

BMW M4 conversível

O design do BMW M4 conversível chama a atenção para o capô com nervuras marcadas. O teto, rígido, está dividido em três partes. O motor, de 6 cilindros, tem 317 kW de potência. Ele acelera de zero a 100 km/h em 4,4 segundos, com câmbio manual, automático e dupla embreagem opcional.

BMW M4 conversível

BMW M4 conversível

 

BMW M4 Coupê

O BMW M4 vem com um motor turbo de seis cilindros que combina com as vantagens do motor aspirado com as forças da tecnologia turbo. Tem uma potência de 317 kW. Três grandes entradas de ar nos para-choques dianteiros e tomada de ar no capô permitem vislumbrar a potência do esportivo já no desenho.

BMW M4 Coupê

BMW M4 Coupê

 

BMW Série 2 Cupê

Depois da nova Série 4, a BMW lançou um cupê Série 2. Com um motor potente e suspensão esportiva, o M235i dá a sensação ao motorista de estar dirigindo um carro de corrida. O consumo é de 7,6 litros de combustível para cada 100 km. O motor de 240 kW acelera, de zero a 100, em 4,8 segundos.

BMW Série 2 Cupê

BMW Série 2 Cupê

 

BMW Série 3 GT

O BMW Série 3 GT não é um sedã clássico nem um carro para a família, mas um fastback. É muito mais comprido e alto do que seus antecessores. Tem um bagageiro maior do que o da versão familiar, além de mais espaço no banco traseiro. Parece ser um carro mais confortável para quem ocupa o banco traseiro do que para o condutor.

BMW Série 3 GT

BMW Série 3 GT

 

BMW Série 5 GT

A BMW amplia desde 2009 a Série 5 com um modelo Gran Turismo como complemento dos modelos sedã e touring. A sexta geração foi renovada com um “facelift” quanto ao desenho e questões técnicas. O novo BMW Série 5 GT conquista cada vez mais clientes na Europa, podendo ser uma opção a grandes modelos de fabricantes rivais como o Mercedes Classe S.

BMW Série 5 GT

BMW Série 5 GT

 

BMW i8

O primeiro híbrido plug-in da BMW tem proporções clássicas de um carro esportivo. O carro possui um motor a combustão de 1,5 litros de cilindrada e um motor elétrico. A potência combinada alcança 266 kW. O consumo é de somente 2,1 litros a cada 100 km.

BMW i8

BMW i8

 

BMW Z4

BMW fez um “facelift” de seu conversível Z4. Um capô mais longo, maior distância entre os eixos, baixo centro de gravidade e uma frente mais baixa: o Z4 é um roadster como nenhum outro esportivo de sua classe.

BMW Z4

BMW Z4

 

BMW X5

Na terceira geração do X5, uma tela de visualização frontal proporciona ao condutor muitas informações. Todas as variantes vêm com tração completa x-drive, mas também é oferecida uma versão a diesel somente com tração traseira. Motores: dois a gasolina, de 306 e 407 cavalos, e três a diesel, de 245 a 381 cavalos.

BMW X5

BMW X5

(Fonte: http://www.dw.com/pt – 7 de março de 2016)

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