John Clifford Baxter, ex-vice-presidente da Enron Corporation, uma das empresas mais criativas e agressivas do mundo

John Clifford “Cliff” Baxter (Amityville, 27 de setembro de 1958 – Sugar Land, no Texas, 25 de janeiro de 2002), ex-vice-presidente da Enron Corporation, uma das empresas mais criativas e agressivas do mundo

Clifford Baxter deixou a empresa em maio de 2001, sete meses antes de a Enron, até então uma das empresas mais criativas e agressivas do mundo, chocar o mundo em dezembro com seu pedido de concordata.

Baxter entrou na Enron em 1991 e sua carreira se confundiu com o progresso meteórico da empresa com a abertura do setor de energia nos EUA.

Ocupou o cargo de presidente e diretor-geral da Enron América do Norte e depois virou diretor-estratégico da Enron Corporation e, mais tarde, vice-presidente.

Há menos de um ano, a Enron era uma das empresas mais invejadas do mundo. Em 20 anos, passou de uma pequena concessionária regional de oleodutos e gasodutos para a maior empresa de energia do planeta, atuando em vários setores e países, inclusive no Brasil.

No dia 2 dezembro último, pressionada por credores e com suas ações se desvalorizando, a Enron foi obrigada a pedir concordata, para evitar a falência.

Investidores perderam tudo, e milhares foram demitidos. É a maior empresa a quebrar na história.

A companhia, com sede em Houston (Texas), cresceu de maneira desordenada. Várias de suas subsidiárias eram deficitárias, mas os balanços não foram registrados corretamente.

Agora sua direção e seus auditores (no caso, a Arthur Andersen) estão sendo investigados, pela Justiça e pelo Congresso americanos.

Cliff 43 anos, foi encontrado morto com um tiro na cabeça dentro de seu carro, em Sugar Land, no Texas.

Segundo a polícia local, havia junto ao executivo um bilhete falando em suicídio.

“Estamos profundamente entristecidos por esta trágica perda de nosso amigo e colega, Cliff Baxter. Nossos pensamentos e orações vão para sua família e amigos”, comentou a companhia em nota distribuída à imprensa.

(Fonte: http://www1.folha.uol.com.br/folha/dinheiro – FOLHA – DINHEIRO – da Folha Online – MERCADO – 25/01/2002)