John Davidson Rockefeller, lendário fundador de um império que se estenderia em ferrovias, oleodutos

John Davidson Rockefeller (Richford, Nova York, 8 de julho de 1839 – Ormond Beach, 23 de maio de 1937), lendário fundador da Standard Oil Company, empresa matriz de um império que se estenderia depois ad infinitum em ferrovias, oleodutos, refinarias, bancos, mineração. Ele foi o gênio da fase monopolista do capitalismo inaugurada na segunda metade do século 19. Mais que todos os homens de negócio de sua época, soube caminhar a favor do vento, investindo na constituição de grandes trustes.

Em 1882, a Standard Oil – depois Exxon – controlava 95% da capacidade de refinação nos Estados Unidos. Mas John Davidson Rockefeller, que viveu 97 anos, foi também um homem execrado por muitos de seus contemporâneos. Perseguido por investigações governamentais e sob ataque constante da imprensa, devido a seus métodos de enriquecimento, ele raras vezes aparecia em público.

NOVA IMAGEM – O criador do mito Rockefeller teve apenas um filho homem, John Davidson Junior – até certo ponto a antítese do pai. Sem pendores para a política ou os negócios, dedicou-se a uma tarefa até então completamente relegada: prestigiar o nome da família. Por meio de doações, filantropia e um exército de jornalistas e publicitários de primeiríssimo time, transformou a funda antipatia popular despertada por seu pai em uma espécie de respeito reverencial pelo clã. De certo modo, a mudança acompanhava as transformações em curso no país. Quando “os irmãos” nasceram, já faziam parte da “nova aristocracia” americana.

(Fonte: Veja, 7 de fevereiro de 1979 – Edição 544 – ESTADOS UNIDOS/ Por Selma Santa Cruz – Pág; 32/33/34)

PRIMEIRO TUBARÃO – Matéria-prima para grandes riquezas, o petróleo também deu origem ao primeiro tubarão do século XIX, o magnata americano John Rockefeller (1839-1937), que, apenas uma década depois de ter criado a Standard Oil Company, fundada em 1870, já era o homem mais rico dos Estados Unidos, controlava 90% da capacidade de refino do país e exercia enorme influência na economia e no governo.

Disposto a eliminar a concorrência, não hesitava em jogar com seus estoques para manipular o preço do petróleo. Também subornava políticos ou quem quer que fosse para atingir seus objetivos. Chegou a montar empresas fantasmas para ludibriar adversários que temiam a expansão de seus negócios, e só recuou depois que, pressionada pelo próprio presidente dos Estados Unidos, a Suprema Corte americana determinou a dissolução da Standard Oil Trust em nome da legislação antitruste.

(Fonte: Veja, 28 de abril de 1993 – ANO 26 – Nº 17 – Edição 1285 -– Livros/ Por Rinaldo Gama – Pág: 92/93)