John Ford (1894-1973), cineasta, mestre em explorar o Oeste americano.
Decorridos 37 anos de sua morte em 1973, aos 78 anos , John Ford permanece como um dos grandes diretores de Hollywood. Ford ganha uma homenagem, que promove uma retrospectiva com 36 longas e um curta, quase todos projetados em 35mm. A exceção é justamente o único filme que não é de Ford, mas sobre ele o documentário Directed by John Ford, de Peter Bogdanovich.. Completam o evento um curso sobre o artista e um livro/catálogo sobre sua vida e obra.
Quatro vezes vencedor do Oscar de direção, um recorde por O Delator, Como Era Verde Meu Vale, Vinhas da Ira e Depois do Vendaval, em 1935, 40, 41 e 52 , Ford nunca foi premiado por seus westerns, mas certa vez, ele próprio, querendo se definir perante seus colegas cineastas, disse que fazia faroestes. Ao longo de mais de 40 anos, desde o período silencioso e até Sete Mulheres, seu último longa, de 1966, ele fez do seu cinema uma síntese da “América”, refletindo sobre os mitos fundadores de seu país.
Abraham Lincoln foi sempre uma inspiração, mas Ford foi, principalmente, o diretor dos desenraizados, contando epopeias de grupos colonos, índios, religiosos, etc. Isso lhe valeu a alcunha de Homero de Hollywood, mas o curioso é que o autor que tanto se interessou pelo “coletivo” fez da saga de um solitário o Ethan Edwards de Rastros de Ódio (The Searchers), de 1956 o mais belo de seus filmes, sua obra-prima.
Nas Águas do Rio (1935). Feito no mesmo ano de O Delator, o longa com Will Rogers é um dos filmes que melhor expressam o amor de Ford por seu país o médico charlatão e seu barco são inesquecíveis.
No Tempo das Diligências (1939). Transposição de Bola de Sebo, de Maupassant, para o Oeste, foi o primeiro Ford em Monument Valley. O mundo cabe numa diligência e até Welles dizia que saíram daqui as pesquisas de cenário de Cidadão Kane.
A Mocidade de Lincoln (1939). A transformação do jovem Lincoln no ícone da democracia norte-americana ou de como um jovem advogado descobre sua vocação política num tribunal. A parceria com Henry Fonda produziu belíssimos filmes.
O Homem Que Matou o Facínora (1962). A morte de Wayne é o ponto de partida para essa sombria desmistificação das lendas do western, que termina com um velho chorando.
(Fonte:www.ultimosegundo.ig.com.br/cultura/cinema – Agência Estado – 21/09/2010)
John Ford (1894-1973), diretor de cinema americano nascido em Cape Elizabeth, Maine, Estados Unidos, em 1.° de fevereiro de 1894. Considerado um dos maiores cineastas de todos os tempos, dirigiu os clássicos O Delator, A Última Deligência”, “As Vinhas da Ira” e teve um papel essencial no desenvolvimento do cinema sonoro. John Ford morreu dia 31 de agosto de 1973, aos 78 anos, de câncer, em Palm Desert, na Califórnia.
(Fonte: Veja, 5 de setembro, 1973 Edição n.° 261 DATAS – Pág; 17)
Em 1° de fevereiro de 1894 – Nasce em Cape Elizabeth, Maine, Estados Unidos, o cineasta John Ford, falecido em Palm Desert, Califórnia, em 31 de agosto de 1973.
(Fonte: Correio do Povo – ANO 119 – N° 124 – CRONOLOGIA – DIRCEU CHIRIVINO – 1° de fevereiro de 2014 – Pág: 15)