Powered by Rock ConvertLewis John Carlino, roteirista indicado ao Oscar
Lembrado por suas adaptações de “Eu Nunca Prometi a Você um Jardim de Rosas” e “O Grande Santini”, ele se orgulhava de conhecer seus personagens de cabo a rabo.
Lewis John Carlino em 2018. Durante uma longa carreira, ele escreveu e dirigiu para o palco, o cinema e a televisão. (Crédito da fotografia: Cortesia © Copyright All Rights Reserved/ © Lucy O’Bryan/ REPRODUÇÃO/ TODOS OS DIREITOS RESERVADOS)
John Lewis Carlino (nasceu em 1° de janeiro de 1932, em Nova Iorque, Nova York – faleceu em 17 de junho de 2020, na Ilha Whidbey, Washington), foi roteirista e dramaturgo que recebeu uma indicação ao Oscar por “Eu Nunca Prometi a Você um Jardim de Rosas” e que adaptou e dirigiu “O Grande Santini”.
O Sr. Carlino havia escrito várias peças Off Broadway anteriormente, incluindo “Cages”, “Telemachus Clay” e “Doubletalk”. Seus outros créditos como roteirista incluem “Seconds” (1966), de John Frankenheimer ; “The Sailor Who Fell From Grace With the Sea” (1976), estrelado por Kris Kristofferson e Sarah Miles, que ele também dirigiu; “The Brotherhood” (1968), estrelado por Kirk Douglas ; “The Mechanic” (1972), estrelado por Charles Bronson; e “Resurrection” (1980).
Em uma longa carreira de escrever e dirigir para o palco, a tela e a televisão, no entanto, o Sr. Carlino era mais conhecido pelos filmes “I Never Promised You a Rose Garden” (1977), baseado no romance de Joanne Greenberg sobre a luta de uma adolescente contra a esquizofrenia, pelo qual ele e Gavin Lambert receberam uma indicação ao Oscar de melhor roteiro adaptado; e “The Great Santini” (1979), baseado no romance autobiográfico de Pat Conroy , que ele adaptou e dirigiu. As estrelas desse filme, Robert Duvall e Michael O’Keefe, foram indicadas ao Oscar, e o Sr. O’Keefe foi indicado ao Globo de Ouro.
Depois que o Sr. Carlino leu o romance do Sr. Conroy sobre o relacionamento problemático de um filho com seu pai autoritário e abusivo, um piloto de caça da Marinha, ele lembrou mais tarde que escreveu furiosamente, terminando o roteiro inteiro em 21 dias.
“Eu amei sua humanidade. Eu amei seu humor”, disse o Sr. Carlino ao The New York Times em 1980. “As pessoas eram muito reais. Elas simplesmente saltavam da página para mim.”
Robert Duvall, à esquerda, e Michael O’Keefe em “The Great Santini” (1979), escrito e dirigido pelo Sr. Carlino e baseado em um romance de Pat Conroy. (Crédito da fotografia: Cortesia © Copyright All Rights Reserved/ © Warner Bros, via Photofest)
Lewis John Carlino nasceu em 1º de janeiro de 1932, no Queens, filho de imigrantes sicilianos. Seu pai, Joseph Carlino, era alfaiate, e sua mãe, Ida (Orcel) Carlino, era dona de casa.
O pai do Sr. Carlino morreu quando ele tinha 14 anos, e sua mãe mudou a família para Los Angeles, onde ele se formou na Manual Arts High School. Ele se alistou na Força Aérea como médico em 1951 e serviu durante a Guerra da Coreia.
Ao retornar à vida civil, o Sr. Carlino frequentou o El Camino College em Torrance, Califórnia, e então estudou dramaturgia na University of Southern California. Após se formar em 1959, ele obteve um mestrado em teatro pela universidade em 1960.
Suas primeiras peças foram produzidas pelo Workshop Theater da universidade enquanto ele era aluno de graduação lá. Mais tarde, seu trabalho encontrou seu caminho para palcos profissionais em Los Angeles e Nova York, onde ele ganhou o Drama Desk‐Vernon Rice Award por excelência em teatro Off Broadway.
Após uma temporada de sucesso em um festival de teatro de verão em 1967, sua peça “The Exercise” estreou na Broadway em abril de 1968, estrelando Anne Jackson e Stephen Joyce. Mas as críticas foram negativas, e ela fechou após apenas cinco apresentações.
Quando o Sr. Carlino retornou ao El Camino College para dirigir sua peça “The Brick and the Rose” no início dos anos 1960, ele conheceu e se casou com Natelle Lamkin, que mais tarde atuou em produções locais em Ojai, Califórnia.
O primeiro casamento do Sr. Carlino terminou em divórcio em 1970. Em 1976, ele se casou com Jilly Chadwick, que conheceu enquanto ela trabalhava como supervisora de roteiro em “The Brotherhood”. Ela morreu em 2015.
Embora seu trabalho tenha enfrentado duras críticas às vezes, o Sr. Carlino sempre se orgulhou de conhecer seus personagens de cabo a rabo.
Ao discutir “Ressurreição”, o Sr. Carlino enfatizou sua capacidade de criar e intuir seus temas.
“Eu vivi momento a momento com cada personagem naquele roteiro”, ele disse. “Se eu não sei as respostas, ninguém sabe.”
Especialmente à medida que envelhecia, o Sr. Carlino se concentrou menos em buscar aclamação da crítica e mais na satisfação de esculpir personagens complexos. Depois que projetos como “The Great Santini” receberam críticas mistas, ele se mudou para Whidbey Island e começou a escolher seu trabalho com base em se a história lhe permitiria evocar emoção. Na época de sua morte, sua peça mais recente, “Visible Grace”, estava em desenvolvimento para produção.
“Eu adoro escrever sobre pessoas, sabe”, ele disse na entrevista do Times. “Estou tentando voltar a assuntos que tenham alguma afirmação para a condição humana.”
“O trabalho que eu faço de agora em diante”, ele continuou, “deve fazer você se sentir bem por estar vivo”.
John L. Carlino faleceu em 17 de junho em sua casa em Whidbey Island, Washington. Ele tinha 88 anos.
Sua filha, Alessa Carlino, disse que a causa foram complicações da síndrome mielodisplásica, uma doença do sangue.
Além de sua esposa Natelle Lamkin, eles tiveram três filhos: Voné Natelle Carlino, que morreu em 1988; Lewis John Carlino II, que morreu em 2018; e Alessa, que sobrevive a ele, junto com um neto e uma bisneta.
(Créditos autorais: https://www.nytimes.com/2020/06/30/movies – New York Times/ FILMES/ Por Julia Carmel – 30 de junho de 2020)
Julia Carmel é assistente de redação e nativa de Nova York.
© 2020 The New York Times Company
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