Joris Ivens, cineasta holandês que iniciou a linhagem dos documentaristas engajados politicamente. Dono de uma filmografia de cinquenta títulos, Ivens foi o primeiro cineasta estrangeiro a trabalhar na União Soviética depois da revolução bolchevique. Militante stalinista, o cineasta transformou muitos de seus filmes em obras panfletárias – como o famoso Terra de Espanha, feito em 1937 com a ajuda de Ernest Hemingway e que foi peça de propaganda republicana na Guerra Civil Espanhola.
Ele filmou levantes e revoluções popularescas na Indonésia, na Polônia, no Vietnã, na Índia, na França, na Itália, no Chile e até mesmo no Brasil, onde esteve em 1954 – só que para fazer um filme sobre as flores do Rio Amazonas.
Ivens morreu dia 28 de junho de 1989, de insuficiência renal, aos 90 anos, em Paris.
(Fonte: Veja, 5 de julho, 1989 – Edição 1086 – DATAS – Pág; 127)