José Donoso (Santiago do Chile, 5 de outubro de 1924 – Santiago do Chile, 7 de dezembro de 1996), romancista, contista, um dos maiores escritores chilenos do século XX. Considerado um dos maiores nomes da literatura sul-americana. Estreou na literatura com coletâneas de contos, entre as quais Veraneo y otros cuentos (1955). Durante o regime militar, Donoso exilou-se voluntariamente na Espanha, de onde continuou publicando sobre a situação política de seu país e sua própria condição de escritor e dedicando-se, também, ao jornalismo paralelamente à sua atividade de romancista.
De volta ao Chile, publicou o surrealista Casa de campo (1978), uma de suas novelas mais destacadas, e depois La misteriosa desaparición de la marquesita de Loria (1979), um esquisito ensaio erótico, e El jardín de al lado (1981), uma novela acerca da criação e o exílio. Definitivamente morando em seu país (1981), publicou Cuatro para Delfina (1982), uma coleção de pequenas novelas, e La desesperanza (1986), sobre o regresso ao Chile de Pinochet. Traduzido para mais de 15 idiomas, recebeu o Prêmio de la Crítica (1978) e Prêmio Nacional de Literatura (1990) e a Gan Cruz del Mérito Civil, outorgada pelo Consejo de Ministros de España (1995). Ao morrer, escrevia uma telenovela para a rede mexicana Televisa. Donoso faleceu dia 7 de dezembro de 1996, aos 72 anos, de câncer, em Santiago.
(Fonte: Veja, 18 de dezembro, 1996 Edição n° 1475 ANO 51 – N°29 DATAS Pág; 138)
- José Donoso