Seus filmes deram os primeiros papéis a atores como Penélope Cruz.
José Juan Bigas Luna (Barcelona, 19 de março de 1946 – La Riera de Gaia, 6 de abril de 2013), diretor de cinema e ícone do cinema erótico espanhol.
Luna ficou conhecido por filmes como “Lola”, “Ovos de Ouro”, “A teta e a lua” e “Jamón, Jamón”, que levou à fama os atores Penélope Cruz e Javier Bardem nos anos 1990.
Apesar de estar gravemente doente, Bigas Luna não tinha deixado de trabalhar e estava quase começando as filmagens de “Mecanoscrito del segundo origen”, uma adaptação do romance do escritor Manuel de Pedrolo.
O diretor e roteirista barcelonês começou tarde no cinema depois de estudar arquitetura e ganhou fama internacional ao ter seu filme “Bilbao” (1978) selecionado para concorrer no Festival de Cannes.
Depois de uma década sem filmar, Bigas Luna fez seu regresso em 1990 com “As Idades de Lulu”, uma adaptação do livro de Almudena Grandes, e depois em 1992 com “Jamón, Jamón” (1992), que revelou Bardem e Penélope Cruz. Com esse filme Bigas Luna conquistou o Leão de Prata de melhor diretor no Festival de Veneza e o prêmio do Júri do Festival Internacional de San Sebastián (Espanha). Em Veneza voltou a ser premiado em 1994, melhor roteiro, com o filme “A Teta e a Lua”.
Bardem e o diretor trabalharam juntos em “As Idades de Lulu” (1990), “Jamón, Jamón” (1992) e “Ovos de Ouro” (1993), no qual Bardem encarna o protótipo do homem espanhol.
Penélope Cruz voltou a trabalhar com o diretor catalão em 1999 em “Volaverunt”, um thriller erótico ambientado no século XVIII com Goya, a Duquesa de Alba, o rei Carlos IV e sua esposa como protagonistas.
O último filme de Bigas Luna foi “Di Di Hollywood” (2010).
Luna, ícone do cinema erótico espanhol, morreu aos 67 anos vítima de câncer, informou a Academia de Cinema espanhol dia 6 de abril de 2013.
O diretor catalão morreu em 6 de abril de 2013, em sua casa na cidade catalã de La Riera de Gaia, e, no momento, estava acompanhado da mulher e das filhas. Por desejo do cineasta, “não vai haver nenhum tipo de funeral e nem ato público em sua homenagem”.
(Fonte: http://g1.globo.com/pop-arte/cinema/noticia/2013/04 – POP & ARTE – CINEMA – Do G1, em São Paulo – 06/04/2013)