Josef Albers (1888-1976), colorista alemão

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Anos 20: o despontar do Moderno

Josef Albers (1888-1976), colorista alemão

Josef Albers (Bottrop, 1888 – New Haven, 1976), teórico, docente na Bauhaus, pintor abstrato, designer e tipógrafo, nascido na Alemanha e emigrado em 1933 para os EUA.

Josef Albers foi professor de escola primária de 1908 até 1913. Mudando a sua orientação, estudou na Königliche Kunstschule em Berlin de 1913 a 1915, tendo sido aprovado como professor de arte.

Albers estudou então Belas Artes em Essen e München – até que entrou na Escola Bauhaus, em Weimar, no ano de 1920.

Na Bauhaus, Albers concentrou-se inicialmente na pintura sobre vidro. Em 1923, quando Johannes Itten foi convidado a saír, Albers passou a leccionar o Vorkurs, o Curso Básico de iniciação na Bauhaus. Albers dava “classes de material” paralelas às de Lazlo Moholy-Nagy.

Quando Moholy-Nagy saiu da Bauhaus em 1928, Albers dirigiu o Vorkurs completo, continuando a treinar os estudantes a usar diferentes materiais.

Quando a Escola Estatal se mudou para Dessau em 1925, foi contratado como professor. Além de trabalhar com vidro e metal, desenhava móveis e tipografia.

Dos docentes da Bauhaus que se empenharam em desenvolver protótipos tipográficos para concretizar a pretendida alteração de padrões estéticos para alcançar o máximo funcionalismo, destacam-se os pioneiros Josef Albers e Herbert Bayer. Ainda mais radical que Bayer e Albers foi o artista húngaro László Moholy-Nagy, especialista em projectos multimédia.

Quando a Bauhaus cerrou em 1933, Albers emigrou para os EUA. Aí começou nova carreira como formador, mas também como pintor abstracto.

Em 1939 foi chamado a dirigir o Art Department do recém-fundado Black Mountain College, perto de Asheville, Carolina do Norte. Albers leccionou aqui até 1949.

Em 1935, fez a primeira de várias viagens ao México. Em 1936 realizou a primeira exposição individual em New York no J.B. Neumann’s New Art Circle.

Naturalizou-se cidadão norte-americano em 1939. Começou em 1949, a sua série de quadros abstractos Homage to the Square. De 1950 a 1958 dirigiu o Design Department da Yale University, New Haven.

Albers publicou numerosos artigos, ensaios, poesia e livros sobre arte. Uma exposição sobre a sua arte foi organizada pelo Museum of Modern Art, New York (MOMA) e percorreu as Américas de 1965 até 1967.

Uma outra retrospectiva da sua arte foi realizada no Metropolitan Museum of Art, New York, em 1971.

Albers viveu e trabalhou em New Haven até à sua morte. Morreu em 26 de Março de 1976.
(Fonte: www.tipografos.net – Designers)

Josef Albers Bottrop, Westfalen, Alemanha, 1888 – New Haven, Connecticut, EUA, 1976

Descendente de uma família de artesãos da região
do Rio Reno, Josef Albers é influenciado, em sua
adolescência, pelas obras de Paul Cézanne e
HENRI MATISSE. Entre os anos de 1913 e
1915 estuda arte em Berlim, e em Munique, com
Franz von Stuck. Sua formação artística mais
significante, porém, ocorre a partir de 1920, na
Bauhaus, em Weimar, atraído pelo programa
inovador proposto pela escola.

A partir de 1923, passa a ensinar na oficina de
vitral da Bauhaus e torna-se Mestre da Forma,
em 1925, com a mudança da escola para as
modernas instalações em Dessau. Com seus
projetos para design de mobiliário, cria a primeira
cadeira em madeira laminada. Sua disciplina de
trabalho meticulosa mantém visível o processo
de elaboração das obras. Do caráter expressionista
de sua produção gráfica anterior à Bauhaus à
transição para uma linguagem geométrica
depurada, seu trabalho harmoniza-se com o
ditado: “Less is More” (“Menos é mais”), síntese
conceitual derivada da teoria da Gestalt. Por
causa da repressão política, a escola é transferida
em 1932 para Berlim, e definitivamente fechada
no ano seguinte, com a ascensão ao poder do
Partido Nacional-Socialista. – NAZI.
Nesse mesmo ano, 1933, é convidado a lecionar
no recém fundado Black Mountain College nos
Estados Unidos, atividade que irá perdurar até
1949. Paralelamente, ministra cursos no Graduate
School of Design em Harvard, tornando-se
influente na formação de importantes artistas
estadunidenses.

Apenas considerações estéticas interfererem em
seu trabalho. Na série Graphic Tectonic, por
exemplo, iniciada ainda na Alemanha,
composições linearmente estruturadas modulam
o espaço por meio da espessura e do
direcionamento das linhas. Obras da série
Structural Constellations, iniciada no final dos
anos 1930, foram conceituadas posteriormente
como um surrealismo geométrico, baseado na
ambigüidade entre a impressão visual imediata
da forma e a percepção posterior. A proximidade
entre os fundamentos de sua pesquisa e o caráter
de seu trabalho o aproximam de MAX BILL e do
movimento internacional de Arte Concreta, sendo
professor visitante do Instituto Superior da Forma
de Ulm, na Alemanha, entre 1953 e 1955.
Como diretor do departamento de design da
Universidade de Yale, a partir de 1950, Albers
inicia uma abordagem dos efeitos cromáticos sobre
a percepção visual. Por meio das variações nas
áreas de cor justapostas ou sobrepostas de sua
pintura, busca o efeito visual provocado pela relação
das cores. Sua pesquisa parte dos estudos
realizados por Chevreul, no século XIX, aprimorados por Weber e Fechner, que postulam uma relação matemática entre o fato físico e o efeito psíquico da percepção cromática. Com sua série Homenagem ao Quadrado, Albers toma a forma elementar do quadrado como “palco” para anunciar as relações cromáticas entre os planos sobrepostos em
composições matematicamente determinadas. Em
1963, é publicado seu livro Interaction of Color
(Interação da Cor), divulgando-se de forma didática seus experimentos baseados na cor.

A identidade visual de sua obra e sua importante
fundamentação teórica tornam Josef Albers
conhecido internacionalmente. Seu longo estudo
sobre a forma e a cor e sua experiência didática
são reconhecidos pelos inúmeros títulos honoris
causa que lhe foram conferidos pelas mais
importantes universidades estadunidenses.

(Fonte: www.mac.usp.br)

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