Vizinhança gasosa
Joseph Priestley (Birstall, 13 de março de 1733 – Northumberland, 6 de fevereiro de 1804), pastor da Igreja Não-Conformista inglesa.
Quando Priestley foi transferido para a capela de Leeds (noroeste da Inglaterra) em 1767, ninguém imaginava que ele fosse dar uma contribuição decisiva para a história da bebida.
Mas graças ao seu novo vizinho, Priestley achou o jeito de produzir soda. Aproveitando o ambiente carregado de dióxido de carbono (CO²) que vinha da cervejaria perto da sua casa, o pastor usou um artifício simples: derramava água de um copo para outro repetidas vezes.
Quando passava pelo ar, um pouco do gás se dissolvia no líquido, que, ao final de inúmeras repetições, acabava borbulhante. Mais tarde, Priestley, conhecido sobretudo por ter sido um dos descobridores do oxigênio, bolou um aparelho que dispensava ter uma cervejaria por perto para gaseificar a água. Era o começo da indústria de refrigerante.
As Descobertas de Joseph Priestley
Joseph Priestley fez a sua primeira grande descoberta em 1767. Descobriu que a grafite podia conduzir eletricidade.
Mais tarde descobriu um gás que quando misturado com a água a tornava de sabor ácido e picante (esse gás foi mais tarde identificado como dióxido de carbono). Ele inventou a água gaseificada artificialmente. Por esta invenção foi eleito para a Academia das Ciências Francesa, em 1772 e recebeu uma medalha da Sociedade real em 1773.
Em 1772, Priestley fez outra descoberta importante. Colocou uma pequena planta dentro de um recipiente com água. Tapou esse recipiente e deixou arder uma vela até esta se apagar. Mais tarde Priestley foi capaz de acender a vela novamente e manter um rato vivo nesse ar.
Joseph Priestley tornou-se a primeira pessoa até então a observar a respiração das plantas – o facto delas receberem dióxido de carbono e libertarem oxigênio.
Em 1774, Priestley colocou um pedaço de óxido de mercúrio dentro do mesmo recipiente.
Quando observou o gás libertado descobriu que ele tinha uma propriedade diferente dos outros gases que já tinha estudado, este gás fazia com que a chama da vela se tornasse mais brilhante. Ele descobriu o oxigênio.
Na sua seguinte experiência ele observou que as pequenas plantas que cresceram nas paredes do seu recipiente, quando expostas ao ar produziram um gás. Rapidamente identificou esse gás como sendo igual ao gás libertado pelo óxido de mercúrio.
Priestley testemunhou o processo de fotossíntese.
Priestley contou a sua descoberta ao químico francês Lavosier que repetiu a experiência e deu o nome a esse gás – oxigênio.
A vida de Joseph Priestley
Joseph Priestley nasceu perto de Leeds na Inglaterra, no dia 13 de março de 1733.
Joseph foi o filho mais velho de um alfaiate e da filha de um agricultor.
Mary Swift, sua mãe, morreu quando Joseph tinha apenas seis anos e este foi adotado pela sua tia (irmã do pai) aos nove anos tendo permanecido com ela até 1764, ano em que ela morreu.
Durante a sua infância frequentou uma escola local onde aprendeu Grego e Latim e durante as férias, Hebraico. Aprendeu ainda Francês, Italiano e Alemão, Geometria, Álgebra e Matemática.
Foi professor em Nantwich.
O seu sucesso como professor abriu-lhe a porta como tutor em política e línguas clássicas numa nova academia em Warrington, onde passou seis anos.
Em 1762 Joseph casou-se com Mary Wilkinson, filha de uma importante figura da Revolução Industrial de Inglaterra.
Joseph Priestley não tinha qualquer interesse pelas ciências.
Isso mudou quando conheceu Benjamim Franklim, um dos maiores cientistas do momento, durante uma viagem a Londres em 1966.
A especialidade de Franklim era a eletricidade. Franklim “acordou” Priestley para a ciência e tornaram-se grandes amigos.
(Fonte: http://www.cienciaviva.pt/projectos/inventions2003)
(Fonte: Super Interessante ANO 12 – Nº 10 – Outubro de 1998 – Dito & Feito – Pág; 106)