Judith Crist, popular crítica de cinema que com suas ácidas análises de tornou a “madrinha” de toda uma geração de colegas nos Estados Unidos.
Crist estreou como jornalista e crítica em 1945 no New York Herald Tribune. Acabou se tornando crítica em período integral — a primeira mulher nesse posto em um grande jornal dos Estados Unidos, segundo o Los Angeles Times.
Após duas décadas no Tribune, transferiu-se para a revista New York. De 1964 a 73, comentou filmes para o programa Today, da NBC.
Ficou famosa pelos comentários rudes e espirituosos que fazia sobre filmes como “A Noviça Rebelde” “Cleópatra”, o que levou o cineasta Billy Wilder a sair com a seguinte tirada: “Convidá-la para resenhar um filme seu é como convidar o Estrangulador de Boston para massagear o seu pescoço”.
Em 1999 o crítico Roger Ebert disse ao Chicago Tribune que o trabalho de Crist no Tribune, no começo da década de 1960, consolidou a importância da crítica cinematográfica nos Estados Unidos.
Ele contou que os ataques dela a “Cleópatra” fizeram com que não fosse mais convidada a exibições privadas da Fox, e que isso “levou todos os jornais do país a dizerem: “Ei, precisamos ter um crítico de cinema de verdade”.
Crist lecionou jornalismo na Universidade Columbia de 1958 até fevereiro de 2012. Foi casada durante 47 anos com William B. Crist, executivo de relações públicas e educador, morto em 1993. Deixa o filho e duas sobrinhas.
Judith Crist morreu dia 7 de agosto de 2012 aos 90 anos. Seu filho, Steven Crist, disse que ela faleceu em Nova York, após uma prolongada doença.
(Fonte: http://www1.folha.uol.com.br/ilustrada/ – Da Reuters – 8 de agosto de 2012)