Julie Haydon (nascida Donella Donaldson, Oak Park, Illinois, 10 de junho de 1910 – La Crosse, Wisconsin, 24 de dezembro de 1994), atriz que fez o papel da frágil Laura Wingfield na produção original de “The Glass Menagerie”.

 

Quando “The Glass Menagerie” estreou na Broadway em 1945, imediatamente estabeleceu a reputação de Tennessee Williams e representou um importante retorno ao teatro para Laurette Taylor (1884—1946), que interpretou Amanda Wingfield, uma representação fictícia da mãe do dramaturgo. Embora ofuscada pela Srta. Taylor, Julie Haydon, como a jovem que apreciava sua coleção de estatuetas de vidro, compartilhou o elogio. Em sua crítica no The New York Times, Lewis Nichols escreveu que ela trouxe “um desamparo tímido, um desejo de ser amado” para um papel que foi baseado na irmã de Williams.

 

Julie Haydon nasceu em Oak Park, Illinois. Quando ela tinha 19 anos, ela excursionou com Minnie Maddern Fiske em “Mrs. Bumpstead Leigh”. Dois anos depois, ela interpretou Ophelia em uma produção de “Hamlet” no Hollywood Playhouse. Entre seus filmes estavam “Age of Innocence” (com Irene Dunne), “The Scoundrel” (com Noel Coward) e “A Family Affair”, o primeiro da série Andy Hardy. Enquanto aparecia no palco na Califórnia em “Autumn Crocus” (com Francis Lederer), ela conheceu Nathan.

 

Ela fez sua estreia na Broadway em 1935 em “Bright Star”, de Philip Barry, que encerrou após sete apresentações. Várias peças subsequentes foram sucessos, incluindo “Shadow and Substance”, de Paul Vincent Carroll (1900–1968), no qual ela interpretou uma donzela santa, e o vencedor do Prêmio Pulitzer de William Saroyan (1908-1981) “The Time of Your Life”, no qual ela criou o papel da prostituta Kitty Duval.

 

Também no elenco de “The Time of Your Life” estavam Gene Kelly e Eddie Dowling (1889—1976). Mais tarde, ela apareceu em “Sweeney in the Trees” e “Hello, Out There”, de Saroyan, ao lado de Dowling. Revendo “Hello, Out There”, Brooks Atkinson escreveu no The Times que juntos eles deram “uma performance lírica de grande encantamento”.

 

Dowling foi o diretor e também uma estrela de “The Glass Menagerie” (no papel baseado no autor). Depois dessa produção histórica, Miss Haydon atuou em várias outras peças da Broadway, incluindo “Miracle in the Mountains”, de Ferenc Molnar. Sua atuação em “The Glass Menagerie” permaneceu o ponto alto de sua carreira.

 

Ela se casou com Nathan em 1955. Após sua morte em 1958, ela fez aparições em várias peças, muitas vezes em teatros comunitários e em campi universitários. Ela também lecionou em programas extraídos de muitos livros de seu marido. Em 1962 ela deixou Nova York e voltou para o Centro-Oeste. Por 10 anos foi atriz residente no Colégio de Santa Teresa em Winona, Minn.

 

Ela interpretou a mãe em revivals de “The Glass Menagerie”, e em 1980, ainda pequena com uma participação especial, ela voltou ao teatro de Nova York para fazer o papel na Broadway, ao lado de Angelin como filha.

 

Julie Haydon faleceu em 24 de dezembro de 1994 em La Crosse, Wisconsin. Ela tinha 84 anos.

A causa foi um câncer abdominal, disse Patricia Angelin, executora do espólio de George Jean Nathan. Miss Haydon era a viúva de Nathan, o crítico de teatro.

(Fonte: https://www.nytimes.com/1994/12/29/arts –  New York Times Company / ARTES / Os arquivos do New York Times / Por Mel Gussow – 29 de dezembro de 1994)