Físico suíço Karl Alex Muller, foi ganhador do Nobel em 1987
Nesta foto de arquivo tirada em 7 de dezembro de 1987 em Estocolmo, o físico suíço Karl Alexander Muller, ganhador do Prêmio Nobel de Física de 1987. (© Lasse HEDBERG)
Karl Alex Müller (Basileia, 20 de abril de 1927 – 9 de janeiro de 2023), foi ganhador do Prêmio Nobel de Física em 1987 pela descoberta do primeiro supercondutor de alta temperatura.
O cientista Karl Muller e o alemão Georg Bednorz trabalhavam no laboratório de pesquisas da IBM, em Zurique, quando ganharam o Nobel por “sua importante conquista na descoberta da supercondutividade em materiais de cerâmica”.
Suas descobertas tornaram a supercondutividade mais acessível e abriram caminho para sua aplicação em uma ampla gama de campos, desde trens flutuantes à ressonâncias magnéticas.
A supercondutividade é um fenômeno no qual a eletricidade flui por um material sem nenhuma resistência ou dissipação de energia em forma de calor.
Foi descoberta em 1911, quando o físico holandês Heike Kamerlingh Onnes esfriou mercúrio a -270ºC e descobriu que a resistência elétrica desaparecia.
Durante décadas após a descoberta, acreditava-se que a supercondutividade só era possível com materiais metálicos e temperaturas muito baixas.
Em 1986, entretanto, Muller e Bednorz deixaram de lado as argumentações tradicionais e começaram a provar a supercondutividade em óxidos cujo fenômeno funcionava a uma temperatura maior (-238ºC).
A descoberta de uma nova classe de supercondutores, os chamados supercondutores de alta temperatura (HTS, em sua sigla em inglês), lhes rendeu o prêmio Nobel no ano seguinte.
A Universidade de Zurique descreveu Muller como um “nadador contra a corrente” em um comunicado publicado nesta terça-feira, onde apontava que “1986 foi um ano animador para a ciência em Zurique. Tudo começou com uma ideia aparentemente maluca”.
Desde as descobertas de Muller e Bednorz, os cientistas tentam encontrar supercondutores em temperaturas mais altas. Atualmente, isso pode ser feito resfriando o material, um óxido de cobre, a -140ºC.
Karl Alex Muller faleceu aos 95 anos.
O físico morreu em 9 de janeiro, segundo um obituário publicado nesta terça-feira (17) no jornal Tages-Anzeiger por sua família e o laboratório IBM Research, citado também pela agência de notícias suíça ATS.
O cientista faleceu enquanto dormia, segundo o obituário, após ter enfrentado os últimos anos de sua vida com “perseverança e otimismo”, escreveram.
(FONTE: https://www.msn.com/pt-br/noticias/mundo – NOTÍCIAS/ MUNDO/
História por AFP – 17/01/2023)