Karl Richter (15 de outubro de 1926 16 de fevereiro de 1981), célebre maestro alemão, com grande popularidade em todo o mundo. Maestro, cravista, harpista e organista, considerado um dos maiores intérpretes da obra de Bach. Richter formou a Orquestra Bach de Munique, em 1955, reúne instrumentistas escolhidos dentre as três grandes orquestras da cidade – a Opera Estatal da Baviera, a Filarmônica de Munique e a Sinfônica da Rádio Bavara. Assim, é um dos poucos agrupamentos musicais do mundo a enfrentar, eventualmente, problemas de qualidade.
Cravista, organista, dirigente de coral e professor de música, Karl Richter é considerado um dos maiores especialistas em Bach no mundo todo. Mas ele não gostava muito da classificação: insistia que seu contato maior com esse compositor refletia a preferência do público, e revelou que conhece igualmente outros mestres, como Georg Friedrich Haendel e Franz Schubert, Arredio, fugia sempre da imprensa: “Sou um músico, não um intelectual. Quem ouvir minha música estará falando comigo”.
Disciplinado ao extremo, estudava música todos os dias. Gravou mais de 100 discos e regularmente levava seus músicos ao Japão, Estados Unidos, União Soviética e países da Europa. Filho de um ministro protestante, ele iniciou sua carreira musical no coral infantil Kreuzchor, em Dresden (na Alemanha Oriental). Seus primeiros estudos foram orientados por Karl Straube, um dos principais sucessores de Bach como “chantre” (dirigente musical) da Igreja de Saint Thomas, em Leipzig. Em Munique desde 1951, Richter tornou-se professor do Conservatório do Estado e chantre da Igreja de São Marcos. Com a criação do Coral e, logo em seguida, da Orquestra Bach de Munique, o maestro transformou a cidade no grande centro mundial de interpretação das obras do compositor alemão. Richter morreu no dia 16 de fevereiro de 1981, de enfarte, aos 54 anos, em Munique, na Alemanha.
(Fonte: Veja, 11 de agosto, 1976 Edição n.° 414 – MÚSICA – Pág; 118)
(Fonte: Veja, 25 de fevereiro, 1981 DATAS)