Katherine Johnson, uma das matemáticas por trás do sucesso da Apollo 11
História foi retratada no filme “Estrelas Além do Tempo”, de 2016
Matemática negra que ajudou a Nasa a ir para a Lua
Sua vida foi retratada no filme ‘Estrelas além do tempo’ (2016), e inspirou diversas mulheres negras ao redor do mundo
Katherine Coleman Goble Johnson (West Virginia, 26 de agosto de 1918 – 24 de fevereiro de 2020), uma das matemáticas da Nasa retratadas no filme “Estrelas Além do Tempo”.
A mulher negra cuja genialidade em matemática a levou de um cargo atrás dos holofotes em uma Nasa segregada a um papel determinante no envio de humanos para a Lua, foi uma heroína da América e seu legado pioneiro nunca será esquecido.
Katherine e suas colegas negras na Nasa eram conhecidas como “computadores” quando esse termo foi usado não para um aparelho de programação eletrônica, mas para uma pessoa que fazia cálculos. Katherine teve uma carreira de 33 anos com a agência espacial, trabalhando nas missões Mercury e Apollo, incluindo o primeiro pouso na Lua em 1969 e os primeiros anos do programa do ônibus espacial.
Nascida em 26 de agosto de 1918 em West Virginia, nos Estados Unidos, Johnson sempre foi uma criança prodígio: concluiu o ensino médio aos 14 anos e, aos 18, recebeu um diploma universitário. Pouco depois ela começou a trabalhar na NASA como “computadora” — na época, todos os cálculos eram feitos à mão, visto que computadores eletrônicos ainda não existiam, e esse era o nome dado às mulheres que se dedicavam à matemática.
Johnson fez parte de uma equipe de mulheres negras que trabalhavam no Centro de Pesquisa Langley, onde contribuíram fazendo os cálculos para o lançamento de sondas e foguetes. Foi ela quem forneceu os cálculos finais necessários para a missão que levou o astronauta John Glenn a orbitar a Terra pela primeira vez, em 1962.
A extraordinária capacidade de Katherine para a matemática ajudou a colocar em órbita a Apolo 11, a nave que levou o homem à Lua pela primeira vez.
Katherine foi uma das mulheres negras que formavam uma equipe no Centro de Pesquisa Langley para calcular a trajetória dos primeiros lançamentos espaciais, operações que hoje são feitas por computadores. Mas nos anos 1960 os “computadores usavam saias”, segundo suas palavras, recolhidas em vários documentos que a Nasa dedica à cientista especial em seu site na internet.
Foram seus cálculos que ajudaram a missão Apolo 11 a ter sucesso e Neil Armstrong a pisar na Lua (1969), mas também os que estabeleceram a trajetória da primeira viagem ao espaço de um americano, Alan Shepard (1961).
Quando a Nasa começou a usar computadores para a missão em que John Glenn orbitou a Terra pela primeira vez (1962), Katherine foi consultada para verificar os cálculos da máquina. “Se ela diz que são bons, então estou pronto para ir”, disse o astronauta, segundo lembrou a própria Katherine.
De fato, a Nasa reconhece em seu site que “não teria sido possível fazer essas coisas sem Katherine Johnson e seu amor pela matemática”.
A vida tomaria um novo rumo para Katherine quando em 1952 um parente lhe disse que havia vagas na seção de computação da ala oeste (onde trabalhavam os afro-americanos) do Laboratório Langley da Naca – a agência que antecedeu a Nasa – por isso ela e seu marido decidiram se mudar para Hampton, na Virgínia.
Katherine faleceu em 24 de fevereiro de 2020, informou a agência espacial americana. Ela tinha 101 anos.
(Fonte: https://g1.globo.com/ciencia-e-saude/noticia/2020/02/24 – CIÊNCIA E SAÚDE / Por G1 – 24/02/2020)
(Fonte: https://revistagalileu.globo.com/Ciencia/Espaco/noticia/2020/02 – CIÊNCIA / ESPAÇO / REDAÇÃO GALILEU – 24 FEV 2020)
(Fonte: https://www.terra.com.br/diversao – DIVERSÃO / ENTRETENIMENTO / Por Bill Trott – 24 FEV 2020)
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