Katherine foi uma exceção em uma forma de arte não conhecida por seu humor. Embora fosse uma figura cult, ela tinha uma reputação generalizada como criadora de personagens e humores habilmente excêntricos. Ela compartilhou um senso de ridículo bem desenvolvido com Charles Weidman, o coreógrafo com quem atuou de 1936 a 1942, enquanto membro da companhia de dança moderna Doris Humphrey-Charles Weidman. Mas, ao contrário de Weidman, Miss Litz trabalhou principalmente com movimento puro, em vez de seguir linhas de história específicas, embora tenha criado três versões dançantes de “Drácula” de Bram Stoker.

Um vestido ou chapéu ligeiramente esfarrapado ou um tubo de material elástico poderia servir como ponto de partida de uma dança, mas a essência de solos como “The Glyph” ou “The Fall of the Leaf” era seu humor cinético às vezes estranho, às vezes um tanto triste.

“Ela gosta de paradoxos e permitirá que gestos trágicos se tornem engraçados simplesmente seguindo a trajetória do gesto”, escreveu Don McDonagh, o crítico. “Ela pode se curvar para trás com a mão pressionada sobre os olhos em angústia, apenas para continuar a se curvar e acabar deselegantemente em uma pilha no chão.”

Nascida em Denver, Miss Litz estudou dança moderna com professores como Miss Humphrey, Mr. Weidman, Agnes deMille, Hanya Holm e Mary Wigman. Barbara Fallis e Richard Thomas foram seus professores de balé. Ela se apresentou de 1940 a 1942 com um grupo de concertos organizado por Miss deMille e dançou na Broadway em “Oklahoma” e “Carousel”. Ela coreografou e dançou papéis principais em “Susanna and the Elders” em “Ballet Ballads” de 1948. Ela também trabalhou com Sybil Shearer e Paul Taylor e apareceu em papéis dramáticos no Judson Poets Theatre.

Miss Litz deu sua primeira dança solo em 1948 na Associação Hebraica de Rapazes e Moças e continuou a ser mais conhecida por seus solos, embora também coreografasse danças em grupo. Ela se apresentou por toda a cidade de Nova York e em festivais como Jacob’s Pillow e American Dance Festival, e foi artista residente em muitas universidades americanas. Ela se apresentou pela última vez há três semanas com sua companhia na Universidade Cornell e continuou a ensinar e coreografar em seu estúdio em Brooklyn Heights até ser hospitalizada.