Kenzo Tange, conhecido no Ocidente ao projetar o estádio nacional de Yoyogi para os Jogos Olímpicos.

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Kenzo Tange (Osaka, 4 de setembro de 1913 – Tóquio, 22 de março de 2005), arquiteto japonês cujos audazes e modernos desenhos deram forma ao mutável horizonte urbano do pós-guerra.

Sua arquitetura, que pode ser contemplada em mais de 20 países, inclusive o aeroporto internacional do Kuwait, lhe valeu, em 1987, o prêmio Pritzker de Arquitetura, o mais respeitado da área.

Nascido em Osaka, Tange se formou em arquitetura na Universidade de Tóquio e trabalhou no estúdio de Kunio Maekawa, um discípulo japonês do grande mestre de origem suíça Le Corbusier.

Enquanto lecionava na respeitada universidade, Tange deixou sua marca numa série de prédios públicos e complexos urbanos como o Parque da Paz, em Hiroshima (1955), e os escritórios governamentais do antigo metrô de Tóquio (1957).

Misturando funcionalismo e modernismo com a estética tradicional japonesa, Tange conquistou fama mundial com o desenho do Yoyogi National Gymnasium, sede dos Jogos Olímpicos de Verão de Tóquio (1964).

O edifício futurista, de grande beleza, tem um teto suspenso apoiado em pilares exteriores aos muros, que se tornou o símbolo da rápida industrialização do Japão após emergir das ruínas da Segunda Guerra Mundial.

Tange foi responsável pelo plano mestre da Exposição Universal de Osaka de 1970, que contribuiu posteriormente para catapultar o Japão para o mundo industrializado.

Em 1980, Tange recebeu a Ordem da Cultura do Japão, entre vários prêmios recebidos tanto em seu país quanto no exterior. Ele também construiu o Palácio Nacional do Reino da Arábia Saudita e o UOB Plaza, de Cingapura.

O arquiteto montou seu próprio estúdio para trabalhar com arquitetos mais jovens, como Fumihiko Maki, Arata Isozaki e Kisho Kurokawa, que conquistaram posteriormente projeção internacional por méritos próprios.

Ele continuou na ativa nos últimos anos e desenhou o complexo da prefeitura de Tóquio, em 1991, descrito como a “torre dos impostos” por seu custo impressionante.

O complexo municipal, que se destaca entre outros arranha-céus no agitado bairro de Shinjuku, foi objeto de elogios e críticas por seu desenho crítico, às vezes ligado a um chip de computador, que difere de seu estilo anterior.

Outra celebrada obra de Tange, é a elogiada catedral Saint Mary de Tóquio, também obra sua, desenhada em 1964.

(Fonte: http://diversao.terra.com.br/arteecultura/noticias/0,,OI492480-EI3615,00- DIVERSÃO – ARTE E CULTURA – 22 de março de 2005)
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