Kim Il-sung fundou a República Democrática do Povo da Coreia em 1948 e permaneceu líder do país até sua morte, em 1994
Kim Il-sung, avô do líder Kim Jong-un e fundador da Coreia do Norte
Kim Il Sung, o “Grande Líder”: repressão e culto à personalidade
Kim Il Sung (Pyongyang, 15 de abril de 1912 – Pyongyang, 8 de julho de 1994), ditador que bateu o recorde de permanência no poder no século XX. Chefe comunista da Coreia do Norte, colocado no governo pela União Soviética em 1948, sobreviveu a todas as reviravoltas no mundo comunista – a desestalinização na década de 50, o conflito entre a China e a União Soviética, a perestroika de Mikhail Gorbachev e o fim da Guerra Fria. Em seus 46 anos no poder, controlou a população com mão de ferro, mantendo a Coreia do Norte como um dos países mais isolados do planeta.
Durante a Segunda Guerra, a Coreia foi invadida pelos japoneses e Kim Il Sung foi obrigado a partir para o exílio na União Soviética. Em 1945, a Conferência de Yalta permitiu que tropas soviéticas e americanas se instalassem na Coréia, dividindo o país em duas partes. O governo provisório da Coréia do Norte ficou a cargo de Kim Il Sung. Em 1948 a União Soviética estabeleceu a República Democrática Popular na Coréia do Norte.
DINASTIA – Kim, que fazia questão de ser chamado por seus compatriotas como “O Grande Líder Camarada Kim Il Sung”, instituiu um culto à personalidade que deixaria Stalin deslumbrado. Há na Coreia do Norte mais de 35 000 estátuas com sua figura. Sua imagem está presente em pinturas, livros, revistas, peças de teatro, filmes e cartazes. Segundo a propaganda oficial, ele era o heroi que organizou a resistência aos invasores japoneses na década de 30.
Historiadores independentes refutam essa versão,atribuindo sua ascensão ao apadrinhamento de Stalin, que o conheceu quando fazia um curso de formação política em Moscou. Político habilidoso, Kim soube utilizar a rivalidade entre Stalin e o líder chinês Mao Tsé-tung, no início da década de 50, para obter o apoio das duas potências comunistas à sua decisão de invadir a Coreia do Sul, provocando a guerra que durou três anos e terminou “empatada”, depois da intervenção de tropas dos Estados Unidos e da China.
Um enfarte encerrou a carreira do ditador, foi fulminado por um ataque cardíaco dia 8 de julho de 1994, aos 82 anos. Sua morte ocorreu em meio às tensões motivadas pela recusa de seu governo em permitir a inspeção internacional nas instalações nucleares do país. A suspeita de que a Coreia do Norte estivesse produzindo secretamente a bomba nuclear – colocou em discussão na Organização das Nações Unidas um eventual bloqueio econômico ao país.
Kim Il Sung deixou como sucessor oficial seu filho Kim Jong Il, o “Estimado Líder”. O filho ao herdar os poderes do pai, Kim Il Sung realizou o que nenhum outro líder comunista conseguiu – uma sucessão de tipo monárquico. Houve possibilidade de uma sangrenta luta pelo poder. Segundo as informações havia forte ressitência de altos oficiais das Forças Armadas à liderança de Kim Jong Il. Independente de quem for o sucessor, é certo que prosseguirá a abertura gradual do regime ao exterior iniciada pelo próprio Kim Il Sung nos seus últimos anos de vida. Em 1993, o ditador norte-coreano admitiu que a derrota do comunismo em escala mundial tornava inevitáveis mudanças em seu próprio regime. Recebeu, pela primeira vez, delegações de empresários estrangeiros e deu sinais de que uma abertura moderada da economia do país.
(Fonte: Veja, 13 de julho de 1994 - ANO 27 - N° 28 - Edição 1348 - COREIA DO NORTE - Pág; 36)
Kim Il-sung ordenou que médicos o fizessem viver até os 120 anos
Kim Il-sung, fundador e líder eterno da Coreia do Norte, ordenou a seus médicos que encontrassem uma maneira de fazê-lo viver até os 120 anos, segundo relato de seu médico pessoal, publicano nesta quarta-feira pelo jornal Telegraph.
Em 1979, Kim So-yeon foi promovido a chefe do instituto de pesquisa que o mandatário criou dois anos antes na tentativa de alcançar o marco notável. O médico, no entanto, fugiu da Coreia do Norte em 1992, dois anos antes da morte de Kim Il-sung, aos 82 anos.
As revelações estão em um livro em que o médico conta os mais de 30 anos em que pesquisou sobre longevidade.
Segundo o relato do profissional, quando completou 65 anos, o antigo líder ordenou que os melhores especialistas do país se reunissem com o objetivo de prolongar sua vida. As propriedades beféficas de 1.750 ervas foram analisadas e catalogadas, novas plantas foram cultivadas e utilizadas em experiências.
A primeira tentativa dos médicos, no entanto, foi bem mais simples: eles tentaram fazer Kim Il-sung rir mais. Para isso, chamaram comediantes, que precisavam fazer o líder rir cinco a seis vezes por dia.
Outra medida foi realizar transfusões de sangue de homens mais jovens e saudáveis.
Kim So-yeon explica, no entanto, que a decisão de viver mais não se concretizou em parte porque, enquanto buscava novos métodos milagrosos para prolongar sua jornada, o líder norte-coreano não cuidava adequadamente de sua saúde. Por fim, os tratamentos excessivos podem, ao contrário do que desejava Kim Il-sung, ter abreviado sua vida. Ele morreu após um ataque cardíaco fulminante.
(Fonte: http://noticias.terra.com.br/mundo/asia – NOTÍCIAS – MUNDO – ÁSIA – 20 de Novembro de 2013)
Kim Il-sung, nascido em 1912, fundou o Estado comunista norte-coreano em 1948 e levantou um aparelho que desenvolveu depois a doutrina ‘juche’, uma versão do socialismo baseada na autossuficiência.
Kim presidiu o país até sua morte em 8 de julho de 1994. Os retratos e estátuas em honra ao ‘presidente eterno’ são onipresentes em toda a Coreia do Norte, onde também se rende um elevado culto a seu filho e sucessor, Kim Jong-il, assim como ao atual líder da terceira geração da dinastia, Kim Jong-un.
Kim Il-sung, ditador da Coreia do Norte e fundador do país está embalsamado no Palácio do Sol de Kumsusan, o corpo do conhecido como “presidente eterno”‘ do país, que é caracterizado pelo extremo culto à personalidade de seus líderes.
Os meios de comunicação estatais da Coreia do Norte, como a “KCNA” e o jornal “Rodong Sinmun”, aproveitam para fazer um apelo à população do país para que defenda e divulgue o patriotismo, a filosofia e as conquistas do venerado fundador.
(Fonte: http://g1.globo.com/mundo/noticia/2013/07 – MUNDO – Da EFE – 08/07/2013)