Ex-ministro do Exterior alemão

Klaus Kinkel em foto de 1995. (Foto: EFE/ Attila Kisbenedek)
Klaus Kinkel, ex-ministro de Relações Exteriores da Alemanha
Klaus Kinkel (Metzingen, Alemanha, 17 de dezembro de 1936 – Sankt Augustin, Renânia do Norte-Vestfália, 4 de março de 2019), ex-ministro do Exterior da Alemanha, foi um veterano político que exerceu diversos cargos no alto escalão do governo alemão.
O político liberal Klaus Kinkel, que foi ministro de Relações Exteriores da Alemanha entre 1992 e 1998 na gestão do ex-chanceler Helmut Kohl, foi também um dos colaboradores mais próximos de Hans-Dietrich Genscher (1927-2016), o seu antecessor na pasta.
Primeiro civil a comandar a inteligência alemã e vice-chanceler de Helmut Kohl, o ex-chefe do Partido Liberal Democrático teve carreira de mais de quatro décadas.
Kinkel foi líder do Partido Liberal Democrático (FDP) entre 1993 e 1995 e ocupou o cargo mais alto da diplomacia alemã entre os anos de 1992 e 1998, durante o governo do chanceler federal Helmut Kohl. Ele ainda se tornaria o vice-chanceler de Kohl entre 1993 e 1998.
Nascido no estado federado de Baden-Württemberg, estudou Direito e começou a carreira como funcionário no Ministério de Interior. Em 1979, se tornou o primeiro civil à frente do Serviços de Inteligência da Alemanha (BND), que presidiu durante quase quatro anos.
Em 1982, retornou à então capital alemã, Bonn, como secretário de Estado no Ministério da Justiça. Em 1991, foi nomeado ministro de Justiça e foi então que entrou para o Partido Liberal (FDP), formação que presidiu entre 1993 e 1995. Foi deputado no Bundestag (Parlamento) até 2002 e posteriormente trabalhou como advogado e assumiu durante vários anos a presidência da Fundação Deutsche Telekom.
Kinkel nasceu em dezembro de 1936 na cidade de Metzingen e obteve um doutorado em Direito em 1964. Ele começou sua carreira pública de mais de quatro décadas trabalhando como servidor público no estado de Baden-Württemberg, de onde partiu para o ministério do Interior em 1968.
Ele se tornou secretário pessoal e redator dos discursos do ex-ministro do Interior Hans-Dietrich Gensche, também do FDP. Durante muitos anos sua carreira esteva atrelada ao seu mentor, que também atuou como ministro do Exterior até 1992.
Antes de assumir o Ministério do Exterior, Kinkel foi o primeiro civil a chefiar o Serviço Federal de Informações (BND), a agência de inteligência do país, entre 1979 e 1982. Como ministro da Justiça entre 1991 e 1992, Kinkel esteve diretamente envolvido na reunificação alemã após a queda do muro de Berlim.
Mais tarde, como ministro do Exterior, ele contribuiu ara solucionar o conflito armado na região dos Bálcãs, na ex-Iugoslávia, e foi um dos defensores da integração europeia.
Ele atuou como parlamentar no Bundestag (Parlamento alemão) até 2002, quando se retirou da política para se dedicar a questões sociais e à família.
Klaus Kinkel faleceu em 4 de março de 2019, aos 82 anos.
A chanceler federal alemã, Angela Merkel, lamentou a morte do ex-ministro, a quem chamou de “um companheiro fiel do tempo da reunificação alemã”. “Klaus Kinkel era um excelente liberal e um defensor intransigente da liberdade e democracia”.
Annegret Kramp-Karrenbauer, líder da União Democrata Cristã (CDU) Merkel e cotada para substituir a chanceler na chefia de governo, também lamentou a morte de Kinkel. “Líder do FDP, presidente do BND, ministro da Justiça, ministro do Exterior, vice-chanceler. Um grande liberal e democrata apaixonado nos deixou hoje. Seu conhecimento sobre a responsabilidade de nosso país permanecerá. Obrigada, Klaus Kinkel”, afirmou Kramp-Karrenbauer no Twitter.
“A morte de Klaus Kinkel me deixou abalado. Era um homem honesto e de modesto de caráter, cujo conselho amigável eu apreciei muito. Devo muito a ele”, escreveu o presidente dos liberais alemães, Christian Lindner, na sua conta do Twitter.
O atual ministro de Relações Exteriores, o social-democrata Heiko Maas, também expressou no Twitter a sua tristeza pela morte de Kinkel.
“Lamentamos por Klaus Kinkel. Nosso país perde um grande liberal e defensor do estado de direito e da democracia. Ele foi fundamental para ajudar a Alemanha reunificada a encontrar seu lugar no mundo e a viver em paz, respeitando seus vizinhos. Sentiremos sua falta”, escreveu.
(Fonte: https://www.terra.com.br/noticias – NOTÍCIAS / POLÍTICA – 5 MARÇO 2019)
(Fonte: https://www.efe.com/efe/brasil/mundo – EFE / BRASIL / MUNDO / Por EFE / Berlim – 5 mar 2019)
(Fonte: Zero Hora – ANO 55 – N° 19.340 – 6 de março de 2019 – TRIBUTO / MEMÓRIA – Pág: 23)
(Fonte: Deutsche Welle – NOTÍCIAS – 5 MARÇO 2019)