Kurt Albert, uma lenda da escalada mundial, escalador de nacionalidade alemã, mentalizador do conceito de “Red Point”

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Uma lenda do montanhismo

Kurt Albert, solando via, foi um grande escalador e lenda da escalada livre. (Foto: Reprodução)

Kurt Albert (Nuremberg, Alemanha, 28 de janeiro de 1954 – Erlangen, Alemanha, 28 de setembro de 2010), um grande escalador e lenda da escalada livre, foi uma lenda da escalada mundial, escalador de nacionalidade alemã, mentalizador do conceito de “Red Point”

Kurt, era um dos símbolos de uma geração que contou também com Wolfang Güllich. Ele era conhecido por suas escaladas extremas, muitas delas realizadas em solo. Kurt chegou a escalar vias de nono grau francês e fazia também muitas escaladas tradicionais mesclando o compromisso e a exposição de parede, com dificuldade de esportiva, em lugares como Nameless Towers no Paquistão (agulha de rocha com mais de 6 mil metros de altitude), Fitz Roy e Torre Central de Paine (Patagônia), Agulhas da Ilha de Baffin, Groelândia e Monte Roraima.

Kurt Albert, escalador alemão, toda uma vida dedicada a escalada, ficou conhecido por suas atividades pioneiras no desenvolvimento da área de escalada em Frankenjura, Alemanha. Então percorreu o mundo, tendo escalado diversas montanhas desde Patagônia, Karakorum, Yosemite até à Venezuela. Parceiro de cordada do também alemão Wolfgang Güllich, solista assíduo, escalador comprometido.

Albert teve grande influência para o esporte. Foi ele quem definiu o termo “redpoint” em 1975, que indica quando uma via de escalada é feita sem quedas e sem usar pontos artificiais de apoio fixos (grampos, cordas, e todo tipo de equipamento usado para se puxar), que foi caracterizado por ele pintando pontos vermelhos na base das vias que eram escaladas em livre, daí o nome “redpoint” (“ponto vermelho”).

Em 1975, Kurt teve a ideia de, ao conseguir escalar em livre (e sacando costuras) nas vias antes feitas em artificial ou com pontos de apoio, pintar um pequeno ponto vermelho na base destas escaladas. Kurt tentava as vias até conseguir sacá-las. Cada vez que caia, descia e tentava novamente. O Rotpunkt ou Redpoint (EUA) ou MEPA (BR) foi o início da concepção da escalada livre como a conhecemos hoje.

Kurt foi grandemente influenciado por mestres como Bernd Arnold e outros que tinham uma ética fundamentada na região de Elbsandstein, onde não se pode escalar usando magnésio, nem sapatilhas, nem proteção móvel de metal (apenas nós). Kurt desenvolveu o conceito do rotpunkt em Frankenjura (Alemanha) e foi empurrando o limite da escalada na forma de graus cada vez mais altos: Exorzist (7a francês) em 1976, Santanz (7b+) em 1981, Magnet (7c) em 1982. Depois, com Wolfgang Gullich abriu vias em grandes paredes como Eternal Flame na Namelles Trango Tower e Riders on the storm na Torre Central do Paine. Com Stefan Glowacz, esteve na Groenlandia e na África, sempre abrindo rotas futuristas.

Após a abertura de Royal flush no Fitz Roy, Kurt e Bernd estiveram no Brasil em 93, quando por 10 dias tive a oportunidade de escalar no Rio de Janeiro e São Bento do Sapucaí com estes verdadeiros mestres da escalada.

 

Kurt Albert faleceu em 28 de setembro de 2010, em decorrência de ferimentos após queda numa via ferrata.

Sofreu graves ferimentos após uma queda de 18 metros que teve no domingo passado quando escalava uma via ferrata. Apesar dos detalhes do acidente ainda não estarem claros, Albert se encontrava no primeiro terço da via Höhenglücksteig, na zona de Hirchbach (Baviera).

Albert liderava um grupo de 17 escaladores experientes. Estava uns 100 metros mais adiante do ponto conhecido como Scharfen Eck (esquina quente), numa passagem com ângulo bastante fechado, sobre um precipício de aproximadamente 25 metros. Segundo as escassas informações disponíveis no momento, o escalador caiu uns 18 metros desde onde se encontrava. Um helicóptero evacuou Albert até um hospital mais próximo, e então foi encaminhado para a UTI.

As autoridade policiais de Oberpfalz iniciaram uma investigação para esclarecer as causas da queda fatal de Kurt Albert. Thomas Plossl, porta voz da polícia informou, depois de ouvir as testemunhas, que não há nenhum indicio para acreditar que haja qualquer participação externa no acidente.

Kurt tinha 56 anos.

(Fonte: http://espn.uol.com.br – Eliseu Frechou –

(Fonte: http://altamontanha.com/Noticia/2645 – 29/09/2010)

Fonte: Desnivel e Planet Mountain
Tradução Elcio Douglas

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