László Moholy-Nagy (Bácsborsód, Hungria 20 de julho de 1895 – Chicago, 24 de novembro de 1946), mestre da fotografia, designer, pintor e professor que contribuiu à sua maneira para o desenvolvimento da fotografia na escola alemã Bauhaus – o revolucionário centro de arquitetura e design que funcionou na Alemanha entre 1919 e 1933.
A fotografia, nos anos 20, era uma novidade tecnológica, que nos anos 20, professores e alunos da Bauhaus, resolveram explorar as possibilidades da técnica que surgia.
Fundada pelo arquiteto Walter Gropius e fechada pelos nazistas, a Bauhaus (“Casa de Construção”) não dava muita importância para a fotografia em seus primeiros anos de atividade.
Dois fatores pesaram decisivamente para que a fotografia ganhasse outro status ainda antes da metade da década de 20. O primeiro, foi o tecnológico, amparado pela modernização das câmaras, que diminuíram de tamanho e se tornaram portáteis.
O segundo foi o estético. Com a consolidação da “mentalidade Bauhaus” – a fusão de arte e indústria, baseada na funcionalidade e realizada através de uma linguagem geometricamente rigorosa -, consagrou-se um estilo para fotografia da escola.
Moholy-Nagy começou suas experiências com fotogramas em 1922, quando ainda nem havia uma oficina especial para fins fotográficos na Casa de Construção. E a favor da interferência na foto e utilizavam muito a colagem e a montagem. Em Mãe Europa Cuida das Suas Colônias de 1926, Moholy-Nagy faz uma desconcertante crítica as relações internacionais de sua época, utilizando a foto de uma mulher dando banho numa crianças e colando em cima da cabeça dela um globo terrestre e, nado garoto, o rosto de um menino chorando.
(Fonte: Revista Veja, 16 de março de 1994 – Ano 27 – N° 11 – Edição 1331 – FOTOGRAFIA/ Por Virginie Leite – Pág; 124/125)