Laurent Terzieff, ator e diretor que atuou no cinema sob a direção de Luis Buñuel, Henri-Georges Clouzot, Jean-Luc Godard e Pier Paolo Pasolini

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Terzieff recebeu em 25 de abril o Molière de melhor ator, o prêmio do teatro francês

 

Laurent Terzieff (Toulouse, 27 de junho de 1935 – Paris, 2 de julho de 2010), ator e diretor de teatro francês.

Laurent Terzieff, que colocou seu talento a serviço dos grandes textos de autores contemporâneos de teatro, também atuou no cinema sob a direção de Luis Buñuel, Henri-Georges Clouzot, Jean-Luc Godard e Pier Paolo Pasolini.

Nasceu em 27 de junho de 1935 em Toulouse (sudoeste da França), filho de mãe ceramista e pai escultor de origem russa, tornou-se conhecido depois que o diretor de cinema Marcel Carné lhe confiou um dos papéis principais de Os Trapaceiros (1958).

Filho de uma artista plástica e de um escultor russo que emigrou à França, Terzieff nasceu em Toulouse em 27 de junho de 1935 e teve a infância marcada pelos bombardeios da Segunda Guerra Mundial.

Intérprete incomparável, ele dizia que o teatro era como “colocar-se à disposição para escutar o mundo”.

“Era uma criança introvertida e o teatro provavelmente me curou”, disse o autor em certa vez, um homem apaixonado por filosofia na adolescência, e cujos primeiros passos em cena datam de 1953 com Jean-Marie Serreau.

Também se destacou em filmes dirigidos por Claude Autant-Lara, Roberto Rossellini e Luis Buñuel, entre outros.

Nos anos 80, se consagrou no teatro com a companhia que criou em 1961, mas continuou atuando em filmes, como Germinal (1993).

Laurent Terzieff, cujo verdadeiro nome era Laurent Tchemerzine, se consagrou no teatro e, no cinema, foi revelado aos 23 anos por Marcel Carné no filme “Les Tricheurs”.

Mas dedicou-se ao teatro como a um sacerdócio e fundou, em 1961, a companhia que levava seu nome e que realizou representações em pequenos teatros privados, onde estreou obras inéditas de autores que amava. Também montou espetáculos de poesia sobre a vida de Rilke, Brecht e Milosz.

Independente, exigente e discreto, foi responsável pela revelação de autores como Andreiev, Mrozek, Milosz e os anglo-saxões James Saunders, Murray Schisgal e Edward Albee. Era um ator de grande sensibilidade e recebeu vários prêmios ao longo de sua carreira.

Uma parte de seu êxito se deve ao diretor de cinema Marcel Carné, que após descobri-lo em uma ficção para a televisão, deu a ele um dos papéis principais em seu filme “Les Tricheurs” (1958), uma história sobre a juventude do fim da década de 50.

Um filme que impulsionou sua carreira e fez com que ele se identificasse durante um tempo com esse personagem de estudante boêmio e cínico.

Seus papéis cinematográficos continuaram em filmes dirigidos por Claude Autant-Lara, Roberto Rossellini e Luis Buñuel, entre outros.

A partir dos anos 80, consagrou-se no teatro, com a companhia que tinha formado em 1961, embora tenha feito ainda papéis no cinema, como o anarquista em ‘Germinal’ (1993), uma adaptação do livro de Émile Zola montada por Claude Berri.

Laurent Terzieff faleceu em 2 de julho de 2010, aos 75 anos, devido a problemas pulmonares, no hospital Salpêtrière de Paris. Terzieff já estava com a saúde frágil quando recebeu, no último dia 25 de abril, o prêmio Moliére de melhor ator.

(Fonte: http://www.estadao.com.br/noticias/impresso – NOTÍCIAS – CULTURA – Efe – O Estado de S.Paulo – 5 de julho de 2010)

(Fonte: http://www.correiobraziliense.com.br/app/noticia/diversao-e-arte/2010/07/03 – DIVERSÃO E ARTE – France Presse – 03/07/2010)

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