Cantora começou carreira nos anos 30 na Europa e se consagrou nos EUA
Uma intérprete conhecida pelas suas prestações em Madama Butterfly ou La Traviata.
Licia Albanese (Itália, 22 de julho de 1909 – Manhattan, 15 de agosto de 2014), soprano ítalo-americana que foi estrela do Metropolitan Opera de Nova York por mais de 25 anos, foi importante intérprete de Puccini e Verdi
Albanese deixou a sua primeira marca no mundo da ópera na sua Itália natal nos anos 1930, antes de se mudar para os EUA e de atingir o estrelato duradouro na Metropolitan Opera, em Nova York, entre 1940 e 1966.
Protagonizou uma série de operas mas era mais associada às dos compositores italianos Giacomo Puccini e Giuseppe Verdi. Os seus papéis-chave foram a gueixa atormentada Cio-Cio-San em Madama Butterfly, de Puccini, a delicada parisiense Mimi em La Bohème, de Puccini, e a cortesã enferma Violetta em La Traviata, de Verdi.
A artista mundialmente venerada e especializada em Puccini, ficou célebre por sua interpretação de Cio-Cio-San em “Madame Butterfly”, Albanese cantou 427 vezes no Met ao longo de 26 anos, em um total de 16 óperas e 17 personagens entre 1940 e 1966. Foi 87 vezes a Violetta da Traviatta de Verdi, um recorde não igualado até o momento.
Nascida em 1909 na Itália, Licia Albanese foi idolatrada por sua voz e pela intensidade emocional que dava a seus personagens.
Albanese cantou com muitos dos grandes tenores do seu tempo, incluindo Franco Corelli, Beniamino Gigli, Tito Schipa, Jussi Bjorling e Giacinto Prandelli e era uma favorita do famoso maestro Arturo Toscanini.
Ela iniciou sua carreira nos anos 1930 e, pouco depois de estrear na Itália, na França e na Inglaterra, emigrou para os Estados Unidos, onde interpretou Cio-Cio-San pela primeira vez em 1940.
Se transformou rapidamente em uma estrela internacional e cantou com os maiores artistas de sua geração, como Jan Peerce (1904-1984) e Ezio Pinza (1892-1957).
Era conhecida pelo seu talento enquanto atriz e pela perícia técnica do seu canto. Contava com alegria momentos divertidos da sua carreira, incluindo um com a estrela italiana Ezio Pinza. “Lembro-me de uma transmissão de La Bohème em que me estava sempre a cheirar a algo horrível na cena final, em que eu estava a morrer.
Continuava a cantar, mas de permeio sussurrava a toda a gente ‘ Meu Deus, que cheiro é este?’ E finalmente, no fim, Pinza sacou de um arenque que estava debaixo da minha almofada”, contou ao New York Times in 1989.
Albanese, que se naturalizou americana, também cantou na Ópera de São Francisco durante duas décadas e gravou frequentemente. Em 1995, o então Presidente dos EUA, Bill Clinton, condecorou-a com a Medalha Nacional de Honra para as Artes. Em 1974, criou a Fundação Licia Albanese-Puccini Foundation para ajudar as carreiras dos jovens cantores de ópera.
Em 1974, fundou uma organização para ajudar aos cantores jovens e recebeu em 1995 a medalha de honra das artes das mãos do então presidente Bill Clinton.
Licia Albanese morreu aos 105 anos, em 15 de agosto de 2014, em sua residência em Manhattan.
(Fonte: http://g1.globo.com/musica/noticia/2014/08 – MÚSICA/ NOTÍCIA/ Da France Presse – 18/08/2014)
(Fonte: http://www.publico.pt/culturaipsilon/noticia – NOTÍCIA/ MÚSICA – REUTERS – 17/08/2014)