Falácias contra a luta armada durante a ditadura
Lisâneas Maciel (Patos de Minas, 23 de dezembro de 1916 – Rio de Janeiro, 6 de dezembro de 1999), ex-deputado federal emedebista, defensor dos direitos humanos, que acabou sendo cassado pelo regime militar em 1976.
Lisâneas Maciel teve em 1974 uma votação consagradora (97.726 votos), no Rio de Janeiro, porque contou com o apoio firme do MR8 e outras agremiações de esquerda que participaram da luta armada. O acordo eleitoral foi fechado pessoalmente pelo autor destas mal traçadas, que, na época, ainda se encontrava na clandestinidade.
Lisâneas Maciel teve recusada pelo Itamaraty, no dia 12 de maio de 1978, em Brasília, a renovação do passaporte, residente em Genebra, Suíça, desde sua cassação pelo AI-5 em 1976.
(Fonte: Veja, 17 de maio de 1978 Edição n° 506 DATAS Pág; 82)
(Fonte: www.horadopovo.com.br Sérgio Rubens – 2008/maio)
O COMBATE PACÍFICO
Sem truculência nem armas na mão, o advogado mineiro Lisâneas Maciel travou luta ferrenha em defesa dos direitos humanos num dos períodos mais conturbados da História recente do Brasil.
Duas vezes deputado federal pelo antigo MDB, ele foi um dos fundadores do grupo Autênticos do partido. Em 1° de abril de 1976 foi cassado pelo AI-5. O motivo, o discurso em defesa de dois colegas de partido, cassados dias antes.
A consequência, dois anos de exílio em Genebra, na Suíça. Lá, integrou a Comissão de Direitos Humanos e Refugiados da ONU. Com a abertura, ele retornou em 1978. Filiou-se primeiro ao PT e disputou o governo do Rio de Janeiro nas eleições vencidas por Leonel Brizola.
Eleito deputado constituinte pelo PDT em 1986, Maciel ocupava havia três anos uma cadeira na Câmara Municipal do Rio de Janeiro e se empenhava em combater as provatizações promovidas pelo governo Fernando Henrique Cardoso. Recentemente, presidiu duas CPIs.
(Fonte: Veja, 15 dezembro de 1999 Edição n° 1628 ANO 32 N° 50 – DATAS Pág; 181)