Lívio Abramo (Araraquara, 26 de junho de 1903 – Assunção, 26 de abril de 1992), gravador, desenhista, pintor, jornalista e professor de história da arte. Um dos maiores nomes da gravura brasileira, Abramo ficou conhecido pela elegância e economia de seu traço, influenciado por Oswaldo Goeldi e pelo expressionismo alemão. Militante trotskista, transportou para a arte suas preocupações sociais.
A porção mais célebre de sua obra foi realizada nos anos 30 e enfoca o mundo operário brasileiro e a Guerra Civil Espanhola. A partir dos anos 50, o artista se afastou do expressionismo e da temática social, privilegiando as paisagens e temas naturais e se aproximando da abstração e do construtivismo. Nascido em 1903, em Araraquara, no interior de São Paulo, Abramo era neto de um padeiro anarquista emigrado para o Brasil. Era também o mais velho de seis irmãos, entre os quais o jornalista Claudio e a atriz Lélia.
Abramo morreu dia 26 de abril de 1992, aos 88 anos, de insuficiência renal, decorrente de um câncer de fígado, em Assunção, no Paraguai, onde morava desde 1962.
(Fonte: Veja, 6 de maio, 1992 - Edição 1233 - Datas - Pág; 80)