Lourenço da Fonseca Barbosa, o “Capiba”, conhecido compositor pernambucano de frevos

 

 

 

O compositor pernambucano Capiba: grande nome do frevo

Lourenço da Fonseca Barbosa (Surubim, 28 de outubro de 1904 – Recife, 31 de dezembro de 1997), o “Capiba”, conhecido compositor pernambucano de frevos.

Considerado o maior compositor de frevos da música popular brasileira. Capiba escreveu mais de 300 músicas, entre elas Maria Bethânia e A Mesma Rosa Amarela.
Capiba morreu no dia 31 de dezembro de 1997, aos 93 anos, de pneumonia, no Recife.
(Fonte: Veja, 28 de fevereiro, 1996 –- ANO 29 –- N° 9 – Edição 1433 -– DATAS – Pág; 92)

 

 

Lourenço da Fonseca Barbosa, O Capiba (1904 – 1997)
Músico e compositor, Lourenço da Fonseca Barbosa, conhecido como Capiba, nasceu no município de Surubim, em Pernambuco, em 28 de outubro de 1904. De uma família de músicos, ainda criança mudou-se para o Recife. Em seguida, foi morar na Paraíba. Primeiro na cidade de Taperoá, depois em Campina Grande e, em seguida, em João Pessoa, onde tocava piano em cinemas.

É, até hoje, o mais conhecido compositor de frevos do Brasil. Aos oito anos de idade já tocava trompa. Aos 20 anos, gravou seu primeiro disco. Em 1930, voltou a morar no Recife e, aprovado em concurso, tornou-se funcionário do Banco do Brasil. Em 1938, concluiu o curso de Direito, mas nunca apanhou o diploma.

Permaneceu no Recife a maior parte da vida. Foi na capital pernambucana que Capiba fundou a Jazz Band Acadêmica e, com Hermeto Pascoal e Sivuca, criou o trio O Mundo Pegando Fogo.

Foi autor de mais de 200 canções, cerca de metade delas de frevo. Mas, na realidade, passeou do samba à música erudita. Entre os seus sucessos estão Maria Betânia (canção), A Mesma Rosa Amarela (samba), Serenata Suburbana (guarânia) e Verde Mar de Navegar (maracatu).

Uma de suas canções carnavalescas mais famosas, É de Amargar, foi vencedora de um festival de frevo em Pernambuco, em 1934. Entre outros prêmios, em 1967 conquistou o 5° lugar no Segundo Festival Internacional da Canção, com a música São os do Norte os que Vêm.

Também musicou poemas de Carlos Drummond de Andrade, Vinícius de Moraes e outros poetas brasileiros. Morreu no Recife, em 1997, de infecção generalizada.

 

 

(Fonte: www.ufpe.br/ccj – Personalidades)