Luis Bordon (Guarambaré, 19 de agosto de 1926 – Assunção, Paraguai, 13 de abril de 2006), harpista paraguaio, considerado um dos maiores instrumentistas do mundo.
Bordon aprendeu a tocar com o pai e aperfeiçoou a técnica do instrumento que é considerado um dos símbolos da musicalidade do Paraguai.
Luiz Bordon morou por cerca de 40 anos no Brasil e era muito conhecido em todo o mundo onde fazia concertos e apresentações.
O artista nasceu na cidade de Guarambaré em 1926.
Luis Bordon nasceu na cidade de Guarambaré, Departamento Central, Paraguai em 19 de agosto de 1926, e desde a mais tenra idade, era um fanático pela música, sendo apoiado e promovido por seu pai. Iniciou seus estudos com a harpa paraguaia e logo após seu virtuosismo o fez tocar como poucos, ao impor um estilo delicado e particular que era impossível de ser imitado.
Em 1950, ele ingressou na orquestra de Julián Rejala, onde permaneceu por muitos anos, banda de música popular paraguaia, que realizou excursões por todo Paraguai e para o Brasil, destacando a sua participação no grupo como o mais famoso e solicitado músico em suas apresentações.
Intérprete da harpa paraguaia, junto com seus colegas Félix Pérez Cardozo, Digno Garcia, Albino Quiñónez, Cristino Báez Monges e outros. Ele se estabeleceu com sua arte por um longo tempo no Brasil, onde desenvolveu parte de sua carreira, sendo considerado nas décadas de 70 e 80 como um artista de maior sucesso em apresentações e vendas de discos em todo o Brasil.
Gravou 34 discos, ganhou 8 discos de ouro, as composições de transmissão para harpa paraguaia e popularizada repertório do instrumento que se expandiu para todos os tipos de música.
Em sua carreira, ganhou os seguintes prêmios: Ministério das Obras Públicas e Comunicações do Paraguai, Sesquicentenário da Polícia Militar de São Paulo, Brasil, Chave de Ouro da Cidade do Texas, Estados Unidos e Medalha “Semper Altima,” E.U. Exército de Fort Hood. Ele ganhou 18 troféus artísticos em todo o Brasil e nos Estados Unidos, além de ser homenageado com o grau de “Comendador” pelo Governador do Estado de São Paulo, por ter se apresentado em vários programas culturais. Em 2001, a Unesco deu-lhe a medalha de Orbis Guaraniticus, cunhado na casa de Monagas Paris, especialmente concebido para as personalidades da arte e cultura, além de muitos outros prêmios.
Seus discos foram lançados em eventos especiais realizados no Brasil, E.U.A., França, Espanha, Portugal Holanda, Japão, Venezuela, Argentina, México, Colômbia e outros países.
Estabeleceu-se durante 3 anos nos Estados Unidos, com um visto especial concedido pelo governo daquele país, onde demonstrou um talento extraordinário no campo musical. Foi convidado especial de uma companhia famosa japonesa para fazer apresentações na terra do sol nascente, e na Holanda, foi especialmente convocado para interpretar a sua harpa paraguaia durante a inauguração de um canal de televisão.
Ele retornou à sua terra natal e continuou se dedicando à carreira que ele amava: a composição e interpretação da harpa paraguaia. Fez um dueto muito aplaudido com seu filho Luis Bordon Junior, que o acompanhou com a guitarra, o complemento ideal para harpa na execução de repertório locais e internacionais.
Luis Bordon ganhou um lugar de destaque na história da música paraguaia, pela qualidade de suas composições, por ser uma pessoa excepcional e um intérprete eminente de harpa paraguaia.
Em fevereiro de 2006, recebeu uma homenagem e nesse momento ele expressou seu desejo de realizar um grande concerto de harpa. Este desejo não se realizou, mas o som inconfundível de sua harpa vai continuar a circular em todo o mundo.
Luis Bordon morreu em 13 de abril de 2006, com a idade de 80 anos, em um hospital da capital paraguaia Assunção.
(Fonte: http://www.douradosnews.com.br/noticias – NOTÍCIAS / Por Antonio Coca – 14 Abril 2006)
(Fonte: http://www.recantocaipira.com.br)
(Fonte: Veja, 24 de dezembro de 1969 – N° 68 – MÚSICA – Pág: 74)