Luís Carlos Martins Pena (Rio de Janeiro, 5 de novembro de 1815 – Lisboa, 7 de dezembro de 1848), dramaturgo carioca, criador do teatro de costumes nacional, escreveu farsas e comédias que tinham como tema principal as convenções sociais da sua época. Trabalhou no comércio e em jornalismo, mas desde muito jovem começou a escrever comédia. Iniciou a carreira diplomática, indo trabalhar na embaixada brasileira em Londres. Contraiu tuberculose, vindo a falecer em Portugal, quando tentava regressar à pátria. Foi o iniciador do teatro de costumes no Brasil.
O primeiro autor de textos brasileiros, levando ao palco personagens inspirados em figuras da sociedade carioca, ou mesma do interior, foi Martins Pena. Dotado de um senso de humor tipicamente romântico, criador de situações que se resolviam com facilidade no desfecho de cada peça. Martins Pena é considerado o criador do teatro brasileiro.
Extremamente comunicativas e cômicas, suas peças eram povoadas pelas figuras típicas do padre, do político corrupto, do juiz e do novo-rico e teciam críticas ferozes ao governo e às instituições sociais, como o casamento e a família. Escritas durante o período romântico, antecipam o realismo cênico, especialmente pelo uso da linguagem oculta, que imita o sotaque e as expressões das diferentes classes sociais do Rio de Janeiro e do interior.
Entre seus principais títulos destacam-se O Juiz de Paz na Roça (1842), O Judas em Sábado de Aleluia (1844), O Noviço e Quem Casa Quer Casa (1845).
(FONTE: Pereira, Helena Bonito – Literatura: toda a literatura portuguesa e brasileira: volume único São Paulo: FTD, 2000 – pág. 205)
(FONTE: http://www.ahistoria.com.br)